[ENCONTRO] [DESAFIO] [LOCAL] [C ORGANIZADORA] [C CIENTÍFICA] [PROGRAMA 08 | 15] [RESUMOS CP | CT | SP | CO | PP ] [FORMAÇÃO] [INSCRIÇÕES] [SUBMISSÃO COMUNICAÇÕES]
Depois da edição de 2024 em Viseu, o Encontro A Matemática nos Primeiros Anos (EMPA) ruma agora ao Alto Minho, até Viana do Castelo —cidade de mar e monte, de romaria e saber, onde o coração bate ao ritmo da tradição e da renovação.
Desde 1998, o EMPA tem sido um espaço privilegiado para refletir sobre os desafios e caminhos da educação matemática nos primeiros anos. A edição de 2025 reafirma esse compromisso, reunindo educadores, professores e investigadores para pensar, discutir e partilhar ideias em torno de temas atuais e centrais em educação matemática.
Neste encontro, que é também celebração, convidamo-lo a mergulhar nas ideias, nas conversas e nas descobertas. Que cada momento vivido aqui ecoe nas salas de aula e transforme, com sentido, o ensino e a aprendizagem da matemática.
Viana recebe-vos com braços abertos — e quem sabe? Quem gosta vem, quem ama… fica!
Ana Barbosa e Isabel Vale (ESE de Viana do Castelo)
Participe no desafio "O vendedor de mangas"
Instituto Politécnico de Viana do Castelo
Este ano, o EMPA é acolhido pelo Instituto Politécnico de Viana do Castelo, através da integração, na comissão organizadora, da Escola Superior de Educação.
Viana do Castelo é uma das mais bonitas cidades do norte de Portugal. A sua participação nos Descobrimentos portugueses e, mais tarde, na pesca do bacalhau mostram a sua tradicional ligação ao mar. Mais informação poderá ser pesquisada aqui: https://www.visitportugal.com/pt-pt/content/viana-do-castelo
Ana Barbosa
Dina Alvarenga
Elizabete Cunha
Fátima Fernandes
Isabel Vale
Lina Fonseca
Margarida Abreu
Maria da Conceição Vieira
Nadia Ferreira
Renata Carvalho
Ricardo Vicente
Ana Barbosa
António Guerreiro
Cristina Loureiro
Fernando Martins
Helena Gomes
Irene Segurado
Isabel Vale
Manuel Vara Pires
Margarida Abreu
Nadia Ferreira
Nuno Bastos
Olga Pestana
Paula Barros
Paulo Afonso
Pedro Almeida
Renata Carvalho
Ricardo Vicente

Sábado, 08 de novembro de 2025 (Presencial - Escola Superior de Educação de Viana do Castelo)
Sábado, 15 de novembro de 2025 (Online) - Via Zoom - As sessões com links Zoom serão posteriormente enviadas por e-mail para cada um dos participantes.
16h30 | 15 NOV 2025
(Geral)
Moderador: Pedro Almeida
Lurdes Serrazina (1)
Escola/Instituição
(1) Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Lisboa (Professora Coordenadora aposentada)
Resumo
As representações são fundamentais no processo de aprendizagem da matemática fazendo, desde há muito, parte integrante dos currículos de Matemática do Ensino Básico, como uma capacidade matemática a desenvolver. Conhecer diferentes representações e saber como usá-las com flexibilidade é determinante para que os alunos construam o seu conhecimento matemático com compreensão, evoluindo no sentido de utilizarem representações cada vez mais sofisticadas.
Nesta conferência abordaremos o papel das representações em matemática, os diferentes tipos de representações e como são essenciais no desenvolvimento da aprendizagem dos alunos, tendo sempre presente situações concretas de sala de aula.
Serão discutidos aspetos como: (i) representações espontâneas dos alunos; (ii) representações informais, pré-formais e formais; (iii) a construção de representações pelos alunos e a abordagem exploratória; (iii) as representações e o desenvolvimento da comunicação matemática na sala de aula.
12h00 - 13h00 | 08 NOV 2025
- CONFERÊNCIA TEMÁTICA 1 -
(1.º CEB)
Moderador: Margarida Abreu
Isabel Cabrita (1)
Escola/Instituição
(1) Universidade de Aveiro
Resumo
Na ‘Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável’, apresenta-se um conjunto de 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) cuja consecução exige a mobilização de toda a comunidade, quer a título individual quer coletivo.
A educação é uma peça fundamental nesse processo e, portanto, a formação de professores terá de ser, inevitavelmente, convocada, de preferência num estreito diálogo entre áreas.
Neste contexto, está em curso, na Universidade de Aveiro, o projeto form@tive, que mobiliza várias Unidades Curriculares de cursos de formação inicial de educadores de infância e/ou professores dos 1.º e/ou 2.º Ciclos do Ensino Básico para a conceção de projetos de intervenção educacional centrados em ODS e baseados numa aprendizagem baseada em desafios (CBL - challenge-based learning).
Nesta sessão, a partir de exemplos concretos, são discutidos, principalmente, (des)vantagens e desafios que se colocam à sua concretização.
- CONFERÊNCIA TEMÁTICA 2 -
(1.º e 2.º CEB)
Moderador: Cristina Loureiro
Ana Barbosa (1)
Isabel Vale (1)
Escola/Instituição
(1) ESE, Instituto Politécnico de Viana do Castelo
Resumo
A aprendizagem ativa da matemática exige espaços, estratégias e tarefas que promovam a participação e envolvimento dos alunos, bem como a resolução de problemas de forma colaborativa, que não se confinam ao espaço formal da sala de aula. As tarefas desempenham também um papel central no desenvolvimento da atividade matemática, sendo desejável que se parta de tarefas desafiantes, relacionadas com a resolução e formulação de problemas, que permitam múltiplas resoluções e o estabelecimento de conexões matemáticas. Outro aspeto fundamental passa pela utilização de práticas de ensino exploratório, promotoras dos 4Cs, num contexto de aprendizagem ativa, convocando as dimensões cognitiva, social e física.
Nesta conferência temática pretende-se partilhar alguns exemplos relacionados com a implementação de estratégias como: Matemática fora da sala de aula/Trilhos matemáticos/Fotografia, Gallery Walk/Posters, Congressos Matemáticos, Tarefas Hands-on, Tarefas STEAM. Este tipo de abordagens, favorecem o envolvimento dos alunos e uma compreensão mais profunda dos conceitos matemáticos.
- CONFERÊNCIA TEMÁTICA 3 -
(Geral)
Moderador: Paulo Afonso
Elisabete Cunha (1)
Escola/Instituição
(1) ESE, Instituto Politécnico de Viana do Castelo
Resumo
Desenvolver competências digitais em futuros professores é fundamental para uma integração eficaz da Tecnologia na sala de aula. Esta comunicação explora como os futuros professores ativam as categorias da Taxonomia de Bloom e as práticas do Pensamento Computacional por meio de um modelo de e-atividade, enquanto criam recursos educativos digitais na plataforma GeoGebra.
15h30 - 18h00 | 08 NOV 2025
(EPE, 1.º e 2.º CEB)
Lina Fonseca, ESE do Instituto Politécnico de Viana do Castelo
Fátima Fermandes, ESE do Instituto Politécnico de Viana do Castelo
Resumo
Vivemos numa época de imprevisibilidade. Muita imprevisibilidade. No entanto, há aspetos previsíveis, como a necessidade de contribuir individual e coletivamente para a defesa da nossa casa comum, o nosso planeta. Aspetos como os da sustentabilidade, do consumo e das finanças são centrais para esse processo. Devem ser trabalhados com as crianças e os jovens, desde cedo, de modo a permitirem-lhes fazer escolhas e tomar decisões informadas, conscientes, responsáveis e seguras, cujas consequências contribuam para o seu bem-estar e o dos demais.
Planear desde os primeiros anos leva as crianças a focar-se no essencial, priorizando o necessário. Por exemplo, quando vamos para a praia e o espaço disponível na mochila é limitado é preciso optar pelos acessórios indispensáveis e apenas por alguns brinquedos. Importa distinguir o essencial do supérfluo e fazer escolhas refletidas. Numa fase seguinte, projetos tais como o de desafiar os alunos a planear e orçamentar uma visita de final de ano da turma ou da escola e/ou a reorganizar um espaço escolar, com reaproveitamento de material, podem ser desafios que permitam trabalhar aspetos relacionados com a educação financeira, o consumo e a sustentabilidade.
Nesta sessão prática pretendemos abordar, discutir e refletir sobre alguns projetos que podem ser desenvolvidos nas escolas, e permitam trabalhar as temáticas desta sessão, bem como o sentido de pertença e de agência dos alunos.
(1.º e 2.º CEB)
Dina Alvarenga, ESE do Instituto Politécnico de Viana do Castelo
Resumo
Os Laboratórios de Educação Digital vieram dar às escolas um importante apoio na integração das tecnologias digitais no processo de ensino e de aprendizagem. As impressoras 3D, em particular, estão a permitir que os alunos transformem ideias abstratas em objetos concretos.
Nesta sessão prática iremos apresentar o Tinkercad, uma ferramenta de modelação 3D dinâmica e intuitiva, adequada a diversos níveis de ensino. Pretende-se demonstrar como esta plataforma pode ser utilizada para desenvolver diferentes conceitos matemáticos, promovendo a visualização, a experimentação e a aprendizagem ativa.
Através da exploração de exemplos práticos, seguindo a metodologia STEM, daremos forma às nossas ideias.
(EPE, 1.º e 2.º CEB)
Elisabete Cunha, ESE do Instituto Politécnico de Viana do Castelo
Resumo
Nesta sessão prática, os participantes irão embarcar num escape room educativo que os desafiará a escapar de uma viagem no tempo. O cenário é construído a partir de um kit que integra artefactos digitais e físicos, os quais serão ativados enquanto tentam regressar ao presente. A passagem do tempo será simbolizada por alterações na aparência, aplicadas através de filtros de realidade aumentada – representando tanto o envelhecimento como o rejuvenescimento. Durante a experiência, terão de solucionar enigmas que exigem a aplicação integrada de práticas do pensamento computacional em contextos geométricos.
Na segunda parte da sessão será feita uma exploração conceptual que aprofundará os princípios e estratégias durante a criação e implementação de escape rooms, bem como a apresentação e exploração de ferramentas digitais adequadas à sua implementação.
(1.º e 2.º CEB)
Isabel Vale, ESE do Instituto Politécnico de Viana do Castelo
Ana Barbosa, ESE do Instituto Politécnico de Viana do Castelo
Resumo
Para se promover um ensino eficaz, os professores devem orquestrar discussões de modo a envolver os alunos em aprendizagens significativas, através de experiências individuais e colaborativas, dando-lhes oportunidades de comunicar, ser criativos, pensar criticamente, resolver problemas, tomar decisões e dar sentido às ideias matemáticas. Por outro lado, nem todos os alunos aprendem da mesma forma, demonstrando preferências individuais quanto à forma como se comunicam, recebem a informação e resolvem problemas, o que pressupõe que os professores devem considerar a existência desta diversidade de formas de pensar. Nesse contexto, as tarefas com múltiplas (re)soluções têm grande influência na aprendizagem dos alunos, particularmente aquelas que suscitam resoluções visuais, bem como a forma como são exploradas pelo professor. Assim, a Gallery Walk (GW) surge como uma estratégia de aprendizagem ativa a ser contemplada nas práticas de sala de aula, permitindo que os alunos resolvam problemas, compartilhem ideias e recebam feedback do seu trabalho. Nesta sessão teremos oportunidade de experienciar uma GW para resolver algumas tarefas com múltiplas (re)soluções.
(1.º e 2.º CEB )
Célia Mestre, ESE do Instituto Politécnico de Setúbal
Resumo
De acordo com as Aprendizagens Essenciais de Matemática (Canavarro et. al, 2021), desde o 1.º ciclo do Ensino Básico, deve investir-se “no desenvolvimento da capacidade das crianças lidarem com dados, com o objetivo de melhor conhecerem o que as rodeia, fundamentar decisões, interrogar-se sobre novas questões e abordar a incerteza.” (p. 10). Aponta-se ainda para a importância de trabalhar situações reais de interesse e para o estabelecimento de conexões com outras áreas curriculares. Nesta sessão prática propõe-se discutir a importância do tema Dados e probabilidades e das abordagens didáticas que poderão potenciar o trabalho em sala de aula, partindo de situações próximas do contexto dos alunos, com e sem recurso à tecnologia, e promovendo o alargamento dos contextos de modo a fomentar o conhecimento de outras realidades e perspetivas.
(1.º e 2.º CEB)
Ricardo Pinto, ESEC do Instituto Politécnico de Coimbra, NIEFI e Associação Hypatiamat
José Martins, Associação Hypatiamat
Fernando Martins, ESEC do Instituto Politécnico de Coimbra e NIEFI
Resumo
A intervenção do projeto Hypatiamat, orientando-se de uma forma direta para os alunos, aproveita o gosto natural que estes têm por ambientes tecnológicos. Com esse objetivo, propõe-se munir os professores de ferramentas que lhes possibilitem incorporar, nas suas práticas diárias, metodologias inovadoras que utilizem esse tipo de ambientes, devidamente articuladas com outras metodologias. Note-se que as aprendizagens são tanto mais ricas e eficazes quanto mais diversificadas as experiências e contextos que são facultados aos alunos, e é nessa perspetiva que o Projeto Hypatiamat oferece uma grande diversidade de materiais (Jogos sérios, Aplicações de conteúdos que trabalham o currículo de matemática, roteiros, guiões, …) e abordagens, permitindo aos professores trabalhá-los não só em contexto tecnológico, mas também concreto.
É orientada de forma direta para os alunos, promovendo o prazer de fazer matemática, mas apela ao envolvimento de professores e encarregados de educação num mesmo propósito de melhorar a aprendizagem e o rendimento escolar neste domínio. Nesta sessão o objetivo é abordar as principais funcionalidade e vertentes da Plataforma Hypatiamat/Projeto Hypatiamat.
(1.º e 2.º CEB )
Paulo Afonso, ESE do Instituto Politécnico de Castelo Branco
Resumo
Nesta Sessão Prática, os professores serão convidados a conceber enunciados de situações problemáticas diferentes que possam concorrer para uma mesma solução.
Assim, face a possíveis soluções apresentadas, apelar-se-á à criatividade dos proponentes, tendo em conta o nível de escolaridade que lecionam. As propostas que vejam a surgir serão analisadas e comparadas com as que outros docentes vierem a propor, bem como com algumas, outras, sugeridas pelo dinamizador.
14h00 - 16h30 | 15 NOV 2025
(1.º e 2.º CEB)
Ana Oliveira e Fernando Sebastião, Instituto Politécnico de Leiria
Resumo
Nesta sessão prática irá ser apresentado o jogo Multipli e as suas potencialidades lúdico-didáticas, onde a matemática, através do cálculo mental, consegue demonstrar a sua importância do ponto de vista curricular, desde o 1.º ciclo. Serão mostrados filmes do jogo a ser usado em diversos contextos e em diferentes modalidades, incluindo o uso em escolas espalhadas por todo o país.
Pretendemos que os professores “vistam” o papel de alunos e envolvê-los na atividade através da experimentação do jogo, num ambiente de brincadeira, e permitir que estes descubram os alcances que o Multipli pode atingir do ponto de vista da aprendizagem.
Neste sentido, ao longo do ano letivo, os professores podem sugerir e estimular o uso das diversas modalidades de jogo Multipli, incluindo as modalidades físicas, como as cartas ou o Jumpli, que podem ser usados de forma simples, ou articulada com a App Multipli, conforme a opção de cada escola.
Se é a jogar que se aprende, jogar com o professor e recolher as suas opiniões também é muito importante. Como tal, foi criado o Campeonato Nacional Multipli (http://campeonato.multipli.pt/), com o objetivo de divulgar o Multipli e promover a sua dinamização em contexto escolar, de forma a estimular a aprendizagem e o cálculo mental. Para além de pretendermos explicar e demonstrar as diversas modalidades Multipli disponíveis, convidamos os professores a jogar um Minicampeonato previamente programado para esse dia, como participantes.
(1.º e 2.º CEB)
Mauro Figueiredo, Universidade do Algarve
Resumo
O projeto MILAGE APRENDER+ quer apoiar todos os alunos, desde o pré-escolar até ao 12.º ano, a aprenderem de forma mais autónoma, ativa e divertida, através do uso de tecnologias digitais como computadores e tablets. A plataforma oferece um ambiente gamificado e vídeos educacionais que ajudam a adaptar a aprendizagem aos diferentes ritmos e estilos de cada aluno.
Ensinar Matemática nos primeiros anos é um desafio exigente. Muitos alunos iniciam este percurso com alguma insegurança ou falta de motivação. Nesta sessão, vamos explorar a nova versão da plataforma MILAGE APRENDER+, desenhada para os mais novos, e criar cenários de aprendizagem que despertam a curiosidade e o prazer de aprender Matemática desde cedo. Através de abordagens inovadoras, o objetivo é promover o envolvimento, a autonomia e o gosto pela descoberta, facilitando o trabalho dos professores e melhorando a experiência dos alunos.
(1.º CEB)
Associação Atractor, Matemática Interativa
Resumo
O objetivo desta sessão é explorar diversos conteúdos digitais (gratuitos) e interativos disponibilizados pelo Atractor para o ensino da Matemática no 1º ciclo.
Será dado destaque a dois recursos didáticos distintos (ambos disponíveis para PC, tablet e smartphone):
1. AtrMini, uma compilação de 11 jogos interativos, através dos quais os alunos podem, de forma interativa e lúdica:
• treinar o cálculo mental (jogos “Adição”, “Subtração”, “Multiplicação” e “Divisão”);
• brincar com dinheiro virtual;
• ter um primeiro contacto com questões simples de combinatória (“Quantas escolhas?”);
• programar um boneco para apanhar todas as bolas (“Apanha Bolas”);
• participar numa caça ao tesouro insólita, utilizando uma métrica não usual;
• aprender a trabalhar com frações usando um bolo com chocolate;
• ...
2. Mathina, um Projeto Europeu Erasmus+, cujo o objetivo é levar os alunos a descobrirem a Matemática através de histórias e apps interativas.
Serão apresentadas duas histórias, envolvendo a Mathina e o irmão Leo, através das quais as crianças travam conhecimento com um novo mundo: a “Feira da Simetria”. Serão ainda exploradas diversas apps, que se encontram integradas nas histórias, através das quais, de forma lúdica, as crianças se familiarizam com a noção de reflexão, de rotação e de simetria de uma rosácea: identificação de eixos de simetria em figuras planas, construção de figuras com eixo de simetria, labirintos “dos espelhos” e da “meia-volta”, “Jogo das Rosáceas” e “Jogos dos Sacos”.
(EPE)
Rui João Teles da Silva Ramalho, ESE de Paula Frassinetti
Resumo
Nos primeiros anos de vida, a aprendizagem da criança acontece de forma integrada, em contextos significativos e com forte ligação ao mundo que a rodeia. A exploração, o jogo simbólico e a experimentação são fundamentais para a construção do conhecimento, especialmente na educação pré-escolar. Nesse cenário, os materiais de fim aberto assumem um papel central, pois oferecem múltiplas possibilidades de uso, não impondo uma forma única ou correta de brincar ou interagir.
Materiais como blocos soltos, elementos naturais (como pedras, folhas e pinhas), peças de madeira, tecidos e outros objetos não estruturados estimulam a criatividade, a autonomia e a resolução de problemas. Quando inseridos em contextos intencionais, esses materiais tornam-se ferramentas valiosas para a aprendizagem da matemática. Permitem, por exemplo, a exploração de conceitos como contagem, classificação, seriação, simetria, padrões, formas geométricas e noções espaciais, sempre de forma lúdica e significativa.
Ao contrário dos brinquedos com funções definidas, os materiais de fim aberto convidam à investigação, à tomada de decisões e à construção de significados. Promovem a comunicação e a argumentação entre pares, essenciais também para o desenvolvimento do raciocínio lógico-matemático. Através da manipulação livre e da observação, as crianças constroem, testam hipóteses e desenvolvem o pensamento abstrato, sem se afastarem do concreto.
Integrar materiais de fim aberto nas práticas pedagógicas da educação pré-escolar é, portanto, uma estratégia eficaz para fomentar o interesse das crianças pela matemática desde cedo, respeitando o seu ritmo de desenvolvimento, promovendo aprendizagens duradouras e potenciando a curiosidade natural com que exploram o mundo.
(1.º e 2.º CEB)
Carla Faneco, AE de Sampaio
Cristina Loureiro, Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Lisboa
Nuno Valério, AE Professor Reynaldo dos Santos
Resumo
A designação de ferramenta (do inglês Tool) está intimamente ligada à utilização da geometria dinâmica desde que estes ambientes foram criados. As ferramentas que podem ser usadas nos programas de geometria dinâmica são cada vez mais evoluídas e poderosas. Por isso, faz sentido associar o conhecimento de ferramentas à reflexão sobre a sua utilização na aprendizagem da geometria. Tendo em conta a diversidade de ferramentas acessíveis este trabalho tem de ser naturalmente parcelar e focado.
O objetivo desta sessão prática é explorar potencialidades das ferramentas “Polígono”, “Polígono Regular” e “Polígono Rígido” do GeoGebra para a realização de tarefas que envolvem Pavimentações. Serão explorados vários guiões de tarefas: Utilização da ferramenta polígono regular com número de lados manipulável por seletor; Utilização da ferramenta polígono rígido para obter cópias dinâmicas; Construção de pavimentações com triângulos e com quadriláteros; Construção de pavimentações regulares e semi-regulares.
A exploração que nos propomos apresentar e discutir permite estabelecer uma ligação entre a utilização de ferramentas GeoGebra e a utilização de manipuláveis físicos.
As situações a explorar admitem variações e desenvolvimentos, que permitem a sua exploração nos vários ciclos de escolaridade, do 1.º ao 3.º ciclo, de acordo com objetivos de aprendizagem previstos nas Aprendizagens Essenciais para o ensino básico.
(1.º e 2.º CEB)
António Guerreiro, Universidade do Algarve
Enrique Martínez - Jiménez, Universidade de Córdova (Espanha)
Resumo
Esta sessão prática propõe a integração da Resolução de Problemas como uma estratégia central para o ensino da matemática nos primeiros anos de escolaridade. Utilizando o método heurístico de George Pólya propõe-se que o problema matemático seja o ponto de partida para a aprendizagem, promovendo uma abordagem ativa e centrada no aluno, associada a metodologias como o Ensino através da Resolução de Problemas, a Aprendizagem Baseada em Problemas ou a Aprendizagem Baseada em Pesquisa.
Nesta sessão prática serão apresentados e discutidos o quadro concetual da Resolução de Problemas, o método das quatro fases de Pólya e o conceito de Tarefas Matemáticas Desafiantes, que estão na base da proposta. Durante a sessão prática, os participantes resolverão um problema em grupo, vivenciando o processo na perspetiva do aluno, e criarão os seus próprios problemas adaptados ao nível educativo do Ensino Básico.
A sessão prática resulta de experiências anteriores com professores em formação inicial nas universidades do Algarve e de Córdova, tendo-se reconhecido a sua capacidade para promover o raciocínio lógico, a comunicação matemática e a transferência de conhecimentos, bem como a sua viabilidade em salas de aula heterogéneas. O objetivo é ultrapassar a visão tradicional dos problemas como meros exercícios de aplicação, dotando os professores de competências para transformar os Resolução de Problemas num instrumento de trabalho diário na sala de aula.
10h30 - 12h15 | 15 NOV 2024
SIMPÓSIO A
Moderadora: Helena Gomes
CO.A.1
Espaço/s para aprender matemática na educação pré-escolar: o conhecimento do/a educador/a e a organização do ambiente educativo
(EPE)
Helena Gomes, ESE do Instituto Politécnico de Viseu e CIDMA, Universidade de Aveiro
Maria Figueiredo, ESE do Instituto Politécnico de Viseu e CI&DEI
RESUMO
Para concretizar a abordagem integrada e globalizante preconizada nas Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar, o/a educador/a de infância, munido/a de um sólido, profundo e flexível conhecimento de conteúdo e conhecimento pedagógico de conteúdo, oferece oportunidades ricas e significativas de aprendizagem, nomeadamente através da organização do ambiente educativo e da promoção do brincar. Na Educação Pré-Escolar, a Matemática ganha (mais) vida (também) através de uma organização do espaço, incluindo materiais cuidadosamente selecionados e disponibilizados, que reflete o conhecimento aprofundado do/a educador/a sobre a matemática e sobre como as crianças aprendem. Esta comunicação visa discutir de que forma um conhecimento matemático robusto e flexível por parte do/a educador/a é fundamental para tomar “boas” decisões pedagógicas – desde a escolha dos materiais mais adequados até à criação de um ambiente que nutre a curiosidade matemática das crianças e impulsiona as suas aprendizagens com significado. Analisamos como este conhecimento se manifesta em situações concretas da Educação Pré-Escolar, demonstrando o seu papel crucial no desenvolvimento do pensamento matemático nos primeiros anos.
CO.A.2
Enseñar probabilidad en educación infantil: luces y sombras en la formación inicial del profesorado
(EPE e 1.º CEB)
Claudia Vásquez, Pontificia Universidad Católica de Chile
RESUMO
Este estudo analisa o conhecimento didático-matemático para o ensino da probabilidade numa amostra de 32 futuras educadoras chilenas de educação pré-escolar. A partir do modelo do Conhecimento Didático-Matemático (CDM), foi concebido e aplicado o questionário CDM-Probabilidade Infantil (3 a 6 anos), composto por tarefas contextualizadas em situações típicas da sala de aula. A análise das respostas, com abordagem mista, permitiu explorar diferentes categorias do conhecimento matemático (comum e ampliado) e facetas do conhecimento especializado (epistémica, ecológica, cognitiva, afetiva, mediacional e interacional). Os resultados revelam um conhecimento incipiente em relação à probabilidade, com maior solidez em aspetos conceituais básicos (CMC) e grandes dificuldades na utilização de recursos didáticos, antecipação de erros e articulação com o currículo (facetas mediacional, cognitiva e ecológica). Conclui-se que a formação inicial oferece poucas oportunidades para desenvolver um conhecimento didático-matemático sólido sobre probabilidade, o que levanta desafios urgentes para o desenho curricular dos programas formativos. O estudo contribui para dar visibilidade às necessidades formativas e propõe linhas de ação para fortalecer o ensino da probabilidade nas idades mais precoces.
CO.A.3
Matemática em ação na educação pré-escolar: conversas, provocações e uso de cubos de cor (e outros jogos) como pontes para a descoberta
(EPE e 1.º CEB)
Maria Manuela Neto Pascoal, JI José Martins - AE de Santa Catarina, Linda - a - Velha
RESUMO
O recurso a Cubos de Cor na Educação Pré-Escolar (EPE) reflete uma intervenção pedagógica inovadora na área da matemática, fundamentada na relevância do brincar, do jogo e do uso de manipuláveis. Partindo da escuta ativa das crianças e de algumas provocações, podemos promover aprendizagens significativas a partir de contextos espontâneos e lúdicos, respeitando ritmos, interesses e individualidade de cada criança. As brincadeiras a desenvolver com os Cubos de Cor, alinhadas com as orientações curriculares na EPE, podem explorar os quatro componentes do domínio da matemática (números e operações, geometria e medidas, organização e tratamento de dados, interesses e curiosidades), promovendo competências cognitivas, motoras e sociais. Ao longo de quase duas décadas, como educadora, apercebi-me da simplicidade, versatilidade e valor pedagógico deste material. E este ano, apliquei-o, em jeito de projeto, num jardim de infância em Caxias e partilhei-o em formações, envolvendo educadoras e estudantes. O feedback obtido revelou um impacto positivo no pensamento lógico-matemático, na atitude das crianças e das educadoras. Sendo fundamental uma prática pedagógica reflexiva, intencional e centrada na criança, onde o brincar seja valorizado como meio essencial de aprendizagem, é recomendado o uso deste material nas escolas e incentivada a formação contínua dos docentes em metodologias baseadas no jogo e na exploração manipulativa, para uma educação mais ativa, criativa e significativa.
CO.A.4
O pensamento algébrico na formação de professores dos anos iniciais
(Geral)
Edna Santos, Universidade Estadual de Santa Cruz
Sandra Magina, Universidade Estadual de Santa Cruz
RESUMO
Apresenta-se um estudo ainda em curso no âmbito de um mestrado em Educação Matemática que busca investigar contribuições que uma formação em serviço para professores dos anos iniciais, pautada na metodologia RePARe, traz para a apropriação e aplicação da didática sobre o conceito de Sequência de padrões. O estudo adota uma abordagem qualitativa, tendo os dados sido recolhidos através: (1) questionário para traçar o perfil académico e profissional das professoras, bem como suas conceções sobre álgebra e seu ensino; (2) prognóstico em percentual sobre o desempenho de seus alunos em um teste que inclui situações que estimulam o raciocínio algébrico; (3) elaboração de seis tarefas voltadas para o trabalho com o Eixo Álgebra, que possam ser desenvolvidas em suas turmas. Essas etapas ocorreram antes da realização da ação formativa. Por fim, após a formação, as professoras (4) analisaram e avaliaram as tarefas elaboradas previamente. Os resultados preliminares evidenciam fragilidades na formação docente necessária para o ensino da álgebra nos anos iniciais e indicam a necessidade de que essas professoras acedam a uma formação que lhes possibilite desenvolver competências, tanto do ponto de vista matemático quanto didático, relacionadas aos conceitos presentes no Eixo Álgebra, com destaque para as Sequências de padrões. É, então, fundamental que essa formação também promova a articulação entre o conhecimento dos conteúdos matemáticos e as particularidades do ato de ensinar.
SIMPÓSIO B
Moderador: Cristina Loureiro
CO.B.1
Capacidades matemáticas transversais - Novas brochuras para o 1.º e 2.º anos
(1.º CEB)
Célia Mestre, ESE do Instituto Politécnico de Setúbal
Cristina Martins, ESE do Instituto Politécnico de Bragança e CIEB-IPB
Cândida Tourais, AE de Azeitão
Isabel Guerra, AE Miguel Torga - Bragança
RESUMO
Recentemente foram publicadas novas brochuras concebidas pelo Grupo de Trabalho em Desenvolvimento Curricular e Profissional em Matemática, no âmbito das Aprendizagens Essenciais de Matemática do Ensino Básico (AE). Estas brochuras têm como foco principal as Capacidades Matemáticas Transversais e pretendem ser um recurso de apoio para os professores na promoção do desenvolvimento destas capacidades, apresentando propostas de tarefas potencializadores de uma abordagem integrada dos conhecimentos matemáticos, capacidades matemáticas transversais e capacidades e atitudes gerais transversais. Estas tarefas foram aplicadas nas turmas envolvidas no projeto de implementação das AE e, nestas brochuras, inclui-se uma descrição da sua concretização e uma análise das aprendizagens evidenciadas pelos alunos, para além de orientações que permitem ao professor reproduzi-las e aplicá-las na sua sala de aula. Esta comunicação é centrada na brochura “Capacidades Matemáticas Transversais nos 1.º e 2.º anos de escolaridade”, pretendendo-se apresentar a brochura através de algumas das tarefas e evidenciando como este recurso pode ser usado na prática do professor.
CO.B.2
Capacidades matemáticas transversais: novas brochuras para os 3.º e 4.º anos
(1.º CEB)
Neusa Branco, ESE do Instituto Politécnico de Santarém
Helena Gil Guerreiro, AE Braamcamp Freire e ESE do Instituto Politécnico de Lisboa
Lina Brunheira, ESE do Instituto Politécnico de Lisboa
Ana Paula Canavarro, Universidade de Évoral
Manuela Vicente, AE Gabriel Pereira
Susana Brito, AE Braamcamp Freire
RESUMO
A brochura “Capacidades matemáticas transversais no 1.º Ciclo do Ensino Básico - 3.º e 4.º anos” é um recurso que visa apoiar a operacionalização das novas Aprendizagens Essenciais de Matemática para o Ensino Básico (AEMEB). Esta foi elaborada por professores do Grupo de Trabalho em Desenvolvimento Curricular e Profissional em Matemática (GTDCPM) e duas professoras do 1.º Ciclo que, nos anos letivos de 2021/22 e 2022/23, anteciparam a generalização das AEMEB nas suas escolas. Discute ideias essenciais e exemplos relativos a cada uma das capacidades matemáticas transversais e apresenta exemplos de tarefas concretizadas durante a antecipação e a sua exploração com os alunos. Nesta comunicação apresentamos a estrutura da brochura, o contexto da sua elaboração e exemplos de tarefas, evidenciando a sua planificação e o modo como efetivamente foram exploradas com as turmas. Procuramos dar atenção ao desenvolvimento das capacidades matemáticas transversais proporcionado pelas tarefas e pela dinâmica da aula, que promove o trabalho autónomo dos alunos e a discussão coletiva. Serão apresentados exemplos do trabalho realizado e de episódios da sala de aula e sistematizadas aprendizagens evidenciadas pelos alunos.
CO.B.3
O desenvolvimento do pensamento computacional: uma experiência de ensino exploratório no 4.º ano de escolaridade
(1.º CEB)
Pascoal Costa, AE de Ponte de Lima
Catarina Vasconcelos Gonçalves, inED e ESE do Instituto Politécnico de Viana do Castelo
RESUMO
Neste estudo, desenvolvido no âmbito de uma formação contínua de professores do 1.º CEB no CENFIPE sobre as “Aprendizagens Essenciais de Matemática no 1.º CEB”, exploraram-se práticas do modelo de aprendizagem com um ensino de caráter exploratório. Desta formação, surgiu este trabalho, que teve como questão de investigação: “De que forma o modelo de aprendizagem através de um ensino exploratório sem recurso a um robô pode promover o pensamento computacional em alunos do 4.º ano do Ensino Básico?". Para isso, aplicou-se uma tarefa intitulada “Vamos visitar os amigos!”, adaptada de um manual do 4.º ano, numa turma desse ano de escolaridade, constituída por 16 alunos, numa escola do distrito de Viana de Castelo. A metodologia adotada foi de natureza qualitativa e os documentos produzidos pelos alunos na resposta à tarefa e os registos de observação direta das sessões educativas caracterizaram-se como os instrumentos de recolha de dados. A tarefa revelou-se motivadora e desafiadora e proporcionou aos alunos diferentes formas de aprendizagem. Além do raciocínio e da comunicação matemática, os alunos desenvolveram o pensamento computacional ao terem de ser capazes de extrair a informação essencial da tarefa, ao reconhecerem e identificarem padrões no seu processo de resolução e ao estruturarem a resolução em várias etapas. Identificou-se o tempo da atividade como um aspeto negativo.
CO.B.4
O desenvolvimento do pensamento computacional na matemática desde o 1.º ano de escolaridade
(1.º CEB)
Rosa Rocha, AE António Feijó
Catarina Vasconcelos Gonçalves, inED e ESE do Instituto Politécnico de Viana do Castelo
RESUMO
Neste estudo, desenvolvido no âmbito de uma formação contínua de professores do 1.º ciclo, no CENFIPE, sobre as “Aprendizagens Essenciais de Matemática no 1.º CEB”, exploraram-se práticas do modelo de aprendizagem através de um ensino exploratório, com a aplicação de uma tarefa com recurso ao robô Doc e a um tapete. Definiu-se como questão de investigação: “De que forma o modelo de aprendizagem através de um ensino exploratório com recurso a um robô pode promover o pensamento computacional em alunos do 1.º ano do Ensino Básico?". Para isso, aplicou-se uma tarefa sobre o tema “Álgebra”, que abordava o tópico “regularidades em sequências”, numa turma do 1.º ano de escolaridade, constituída por 21 alunos, numa escola do distrito de Viana de Castelo. A metodologia adotada foi de natureza qualitativa e os documentos produzidos pelos alunos na resposta à tarefa e os registos de observação direta das sessões educativas caracterizaram-se como os instrumentos de recolha de dados. Refira-se que os alunos se mostraram motivados e empenhados em todas as fases de resolução da tarefa. Além de terem atingido os objetivos de aprendizagem pré-definidos, desenvolveram o pensamento computacional, mais especificamente os subtópicos: abstração, decomposição, reconhecimento de padrões, algoritmia e depuração. No entanto, a não existência de hábitos de ensino exploratório dificultou a fase de discussão coletiva. Dado o conhecimento diminuto do uso do robô, houve necessidade de alguma orientação.
SIMPÓSIO C
Moderador: Ricardo Vicente
CO.C.1
Educação matemática inclusiva: o caminho para uma matemática de excelência para todos
(Geral)
Ricardo Vicente, AE de Perafita - Matosinhos
RESUMO
Ainda pouco desenvolvida em Portugal, a Educação Matemática Inclusiva é um domínio da Educação Matemática centrado nas práticas de ensino-aprendizagem-avaliação da disciplina e nos conceitos de equidade, diferenciação e inclusão. A concretização de uma verdadeira Educação Matemática Inclusiva envolve mais do que a adaptação de conteúdos: exige um compromisso com a equidade, com o respeito pela diversidade dos alunos e com a criação de oportunidades reais de aprendizagem significativa para todos. Deste ponto de vista, pensar numa Matemática inclusiva é pensar numa escola que reconhece e valoriza as diferenças como ponto de partida para ensinar e aprender melhor. Esta comunicação propõe uma reflexão centrada na construção de práticas inclusivas no ensino da Matemática: princípios fundamentais, metodologias diferenciadas, estratégias de acessibilidade curricular, bem como nos principais obstáculos e desafios que ainda se colocam às escolas e aos professores. Para o efeito, partirá de uma breve abordagem histórica da evolução do conceito de Educação Inclusiva em Portugal, analisando a forma como este moldou o discurso e as práticas pedagógicas ao longo do tempo e, em paralelo, de uma síntese da evolução do currículo de Matemática no contexto nacional, destacando o caminho até à conceção de uma Matemática para todos. Mais do que respostas prontas, pretende-se promover um espaço de discussão e construção conjunta de saberes.
CO.C.2
Conexões entre matemática e educação visual/ expressão plástica
(1.º e 2.º CEB)
Anabela Gaio, AE de Camarate D' Nuno Álvares Pereira
Susana Serra, AE Moinhos da Arroja - Odivelas
RESUMO
As aprendizagens essenciais indicam que aprender matemática tem como objetivo, entre outros, desenvolver a capacidade de estabelecer conexões matemáticas. As conexões externas da Matemática com várias áreas do conhecimento possibilitam que os conhecimentos matemáticos sejam usados para compreender, modelar e atuar em várias áreas. Na publicação Princípios e Normas para a Matemática Escolar afirma-se que, ao estabelecerem conexões, os alunos desenvolvem uma compreensão mais profunda da matemática. Também Susana Carreira, num editorial da revista Educação e Matemática, refere que não basta ver as conexões matemáticas, mas que “é necessário fazê-las”, permitindo que os alunos estabeleçam relações entre temas, conceitos, representações e processos internos à própria matemática, mas também entre a matemática e a realidade ou com outras áreas de conhecimento. Vamos apresentar propostas que seguem a lógica da integração de saberes e permitem trabalhar, simultaneamente, alguns dos domínios das Aprendizagens Essenciais, deixando o desafio para se refletir sobre outras possibilidades ou abordagens.
CO.C.3
Identificação e análise de conexões: um estudo com alunos do ensino básico
(1.º e 2.º CEB)
Catarina Fonseca, ESE do Instituto Politécnico de Bragança
Adorinda Gonçalves, ESE do Instituto Politécnico de Bragança
Manuel Vara Pires, ESE do Instituto Politécnico de Bragança
RESUMO
As orientações curriculares recentes valorizam o estabelecimento de diferentes tipos de conexões na experiência matemática dos alunos ao longo da sua escolaridade. Reconhecendo que podem potenciar visões e aprendizagens mais abrangentes e integradas do conhecimento, assumimos as conexões como o tema integrador da prática de ensino supervisionada (PES) e do respetivo relatório final de estágio realizados no âmbito de um mestrado profissionalizante para a docência. Neste sentido, esta comunicação apresenta e discute aspetos de um estudo desenvolvido durante a PES, com o propósito de identificar e analisar conexões estabelecidas por alunos dos 1.º e 2.º ciclos do ensino básico na resolução de tarefas em ambiente de sala de aula. Para isso, o estudo segue uma abordagem de natureza qualitativa, com os dados recolhidos com recurso à observação participante e às produções realizadas pelos alunos e analisados através da análise de conteúdo. Os resultados mostram que, na resolução das tarefas matemáticas, os alunos estabelecem conexões de diferente natureza (internas e externas), embora sejam notórias algumas dificuldades em registar por escrito as suas ideias.
CO.C.4
Um exemplo de exploração de um contexto de interdisciplinaridade entre matemática e artes visuais
(1.º e 2.º CEB)
Cristina Morais, AE Pioneiros da Aviação Portuguesa
Helena Gil Guerreiro, AE Braamcamp Ferreira e ESE do Instituto Politécnico de Lisboa
Joana Conceição, AE José Cardoso Pires
RESUMO
As Artes Visuais e a Matemática exploram possibilidades da organização de objetos repetidos de vários pontos de vista, originando assim uma multiplicidade de situações e possibilidades. Na Matemática o modelo retangular é uma das possibilidades, estando ligado à relação entre as operações de adição e multiplicação e à representação de famílias numéricas. Nas Artes Visuais, a representação repetida de objetos iguais ou similares permite introduzir variações múltiplas na perceção que temos das qualidades ou caraterísticas do objeto. Vários artistas tiram partido da representação organizada de objetos introduzindo variações em repetição, que podem gerar ordem e harmonia ou outros valores no modo de organização de uma composição. Lisa Milroy é uma das artistas que explora todos estes aspetos, criando variações que tanto se apresentam em harmonia e organizadas, como dispostas de modo quase aleatório, tirando partido de uma aparente desorganização. As suas obras constituíram o ponto de partida para a realização de experiências de âmbito interdisciplinar entre a Matemática e as Artes Visuais, que tem sido o foco do projeto IMAVIS. Nestas experiências é possível abordar três dimensões de exploração: análise, fruição e criação. Nesta comunicação apresentaremos o trabalho realizado em três turmas de 1.º Ciclo a partir de um conjunto de obras de Lisa Milroy (Shoes), realçando diferentes tipos de aprendizagens que emergem destas experiências.
SIMPÓSIO D
Moderadora: Margarida Abreu
CO.D.1
Desigualdade triangular através do ensino exploratório: um estudo com alunos do 5.º ano do 2.º CEB
(1.º e 2.º CEB)
Carolina Maria Luís Aires de Abreu, ESE do Instituto Politécnico de Coimbra
Ana Elisa Esteves Santiago, ESE do Instituto Politécnico de Coimbra
Nuno Lopes Martins, ESE do Instituto Politécnico de Coimbra
RESUMO
A comunicação que será apresentada parte de uma experiência de ensino desenvolvida no decorrer do estágio curricular efetuado no 2.º CEB, na disciplina de matemática, no âmbito do Mestrado em Ensino do 1.º CEB e de Matemática e Ciências Naturais no 2.º CEB. Foram planificadas, implementadas e analisadas um conjunto de tarefas numa turma do 5.º ano, visando observar de que forma a utilização de material manipulável facilita a aprendizagem da desigualdade triangular. Trata-se de um estudo qualitativo, descritivo e interpretativo. Os dados foram recolhidos através de gravações áudio, observação direta e fotografias das produções dos alunos a partir dos quais foram realizadas as transcrições. Desenvolveram-se três sessões: na 1.ª sessão, foi implementada uma tarefa exploratória com base na utilização de palhinhas; na 2.ª sessão foi implementada uma tarefa com vista à consolidação dos conhecimentos e na 3.ª sessão foi realizada uma tarefa de sistematização de diversas aprendizagens realizadas ao longo do ano letivo. Para a análise dos dados, definiram-se descritores, como: processo de exploração, comunicação matemática, mobilização do cálculo da desigualdade triangular, construção de triângulos e trabalho em grupo. Verificou-se que o uso de materiais manipuláveis desempenhou um papel essencial na mediação da aprendizagem, tornando-a mais concreta e significativa, favorecendo a construção de conceitos de forma mais visual e prática, e promovendo o envolvimento ativo dos alunos.
CO.D.2
Capacidades matemáticas transversais: novas brochuras para o 2.º ciclo
(2.º CEB)
Elvira Santos, ESE do Instituto Politécnico da Lusofonia
Irene Martins, AE Álvaro Velho
Susana Serra, AE Moinhos da Arroja - Odivelas
Lina Brunheira, ESE do Instituto Politécnico de Lisboa
RESUMO
A brochura “Capacidades matemáticas transversais no 2.º Ciclo do Ensino Básico” é um recurso que visa apoiar a operacionalização das novas Aprendizagens Essenciais de Matemática para o Ensino Básico (AEMEB). Esta foi elaborada por professores do Grupo de Trabalho em Desenvolvimento Curricular e Profissional em Matemática (GTDCPM) e duas professoras do 2.º Ciclo que, nos anos letivos de 2021/22 e 2022/23, anteciparam a generalização das AEMEB nas suas escolas. Discute ideias essenciais e exemplos relativos a cada uma das capacidades matemáticas transversais, bem como apresenta exemplos de tarefas concretizadas durante a antecipação e a sua exploração com os alunos. Nesta comunicação apresentamos a estrutura da brochura, o contexto da sua elaboração e exemplos de tarefas, evidenciando a sua planificação e o modo como efetivamente foram exploradas com as turmas. Procuramos dar atenção ao desenvolvimento das capacidades matemáticas transversais proporcionado pelas tarefas e pela dinâmica da aula, que promove o trabalho autónomo dos alunos e a discussão coletiva. Serão apresentados exemplos do trabalho dos alunos e de episódios da sala de aula e sistematizadas aprendizagens evidenciadas pelos alunos.
CO.D.3
Explorando estatística e pensamento computacional: uma experiência de aprendizagem ativa
(2.º CEB)
Marcela de Seabra, CITeD e Instituto Politécnico de Bragança
António Domingos, FCT NOVA, CICS.NOVA, Universidade NOVA de Lisboa
Manuel vara Pires, CITeD, Instituto Politécnico de Bragança
RESUMO
Esta comunicação explora a articulação do pensamento computacional com o ensino de estatística no ensino básico, materializada na atividade "Matemática em Movimento". Na experiência, os alunos envolveram-se na recolha e tratamento de dados reais do seu ambiente escolar, trabalhando com tabelas de frequência, diagramas de caule e folhas, bem como gráficos de barras. A estratégia didática fundamenta-se na teoria construtivista, incrementando uma aprendizagem situada na qual os conceitos estatísticos ganham significado através da sua aplicação contextualizada. Simultaneamente, a integração do pensamento computacional - nomeadamente a decomposição, o reconhecimento de padrões, a abstração e a depuração - potenciam o desenvolvimento de competências digitais fundamentais para alunos do sec. XXI. Investigações recentes confirmam a eficácia destas metodologias ativas no ensino de estatística, evidenciando como transformam a aprendizagem matemática numa experiência mais envolvente e significativa.
Agradecimento
Este trabalho foi financiado pela FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia através da bolsa individual de investigação: 2024.01567.BD.
CO.D.4
Estudo de aula interdisciplinar entre matemática e ciências naturais no 2.º ciclo do ensino básico: um processo de construção colaborativa
(2.º CEB)
Renata Carvalho, ESE do Instituto Politécnico de Lisboa, UIDEF, IE da Universidade de Lisboa
Paulo Maurício, ESE do Instituto Politécnico de Lisboa e Ci&DEI
Margarida Rodrigues, ESE do Instituto Politécnico de Lisboa e Ci&DEI
Bianor Valente, ESE do Instituto Politécnico de Lisboa e Ci&DEI
RESUMO
Esta comunicação reporta o processo de desenvolvimento de um Estudo de Aula (EA) visando a construção de uma aula interdisciplinar no 2.º Ciclo do Ensino Básico entre Matemática e Ciências Naturais durante o estágio de estudantes futuras professoras. O EA é um modelo, colaborativo e reflexivo, de desenvolvimento profissional de professores com origem no Japão que tem recebido uma crescente atenção nacional e internacional e que tem vindo a ser usado na formação inicial de professores, constituindo-se como uma abordagem baseada na investigação na qual vários professores planeiam, ensinam, observam e refletem sobre uma aula, designada aula de investigação. Uma componente essencial do EA é o processo cíclico organizado em várias etapas, desde a determinação do objetivo de aprendizagem associado à aula de investigação até à reflexão e discussão de fragilidades e pontos fortes da aprendizagem dos alunos percecionadas durante a observação da aula de investigação. Neste EA, os participantes criaram uma planificação interdisciplinar centrada na abordagem à função de filtração do sangue pelo rim (Ciências Naturais) e na proporcionalidade direta (Matemática), a qual foi implementada por dois dos participantes. A recolha de dados envolveu entrevistas estruturadas às duas professoras cooperantes e às estagiárias e reflexões dos participantes sobre o processo vivido no EA. As sessões de trabalho foram gravadas e transcritas, e as produções dos alunos foram recolhidas e analisadas.
SIMPÓSIO E
Moderador: António Guerreiro
CO.E.1
Inverter a relação teoria-prática na formação inicial de professores
(1.º e 2.º CEB)
António Guerreiro, ESEC da Universidade do Algarve
Rute Rocha, ESEC da Universidade do Algarve
RESUMO
Este trabalho relata uma experiência desenvolvida na formação inicial de professores, com o objetivo de contrariar a abordagem tradicional, adotada pelos estudantes/futuros professores, centrada na explicação teórica seguida da prática pelos alunos. Ao constatarmos que os estudantes tendem a privilegiar uma lógica transmissiva, expressando frequentemente que “primeiro se explica, depois os alunos praticam”, propusemos-lhes desconstruir essa visão, partindo da realização de tarefas educativas integradoras que articulassem a matemática e as ciências naturais. Apresentamos a proposta educativa “Relevo em areia molhada e os mapas topográficos”, exposta numa sessão prática com crianças do 1.º CEB. Num 1.º momento, os futuros professores apresentaram a tarefa educativa às crianças; no 2.º momento, as crianças realizaram as seguintes tarefas: (i) criaram formas de relevo (montanhas, vales) modelando areia molhada em tabuleiros (representação tridimensional); (ii) com régua e fios de lã coloridos, construíram os mapas topográficos correspondentes; (iii) transferiram para o papel (representação bidimensional); e, no 3.º momento, os futuros professores discutiram com o grupo-turma as estratégias das crianças na realização da tarefa educativa. Esta experiência permitiu compreender que o conhecimento das crianças pode emergir da ação, da experimentação e da relação com o mundo físico, sendo a teoria abordada de forma situada e significativa, após a experimentação prática.
CO.E.2
Flexibilidade em cálculo mental na adição e na subtração, numa perspetiva de desenvolvimento do sentido de número: uma experiência no 2.º ano
(1.º CEB)
Carlota Pedro, IE da Universidade de Lisboa
RESUMO
Esta comunicação tem como objetivo ilustrar como os alunos do 2.º ano de escolaridade, durante a resolução de tarefas aditivas envolvendo números superiores a 20, evoluíram para um cálculo mental mais flexível. Os resultados que se apresentam estão integrados num estudo mais amplo, que teve como objetivo compreender a evolução, numa perspetiva do desenvolvimento do sentido de número, da flexibilidade em cálculo mental, em alunos do 2.º ano de escolaridade, quando estes resolviam tarefas exploratórias associadas ao raciocínio aditivo, numa experiência de ensino. O desenvolvimento do sentido do número é um dos tópicos essenciais na aprendizagem da Matemática nos primeiros anos, sendo fundamental os alunos desenvolverem a compreensão dos números e das operações, usando-os para resolverem problemas com significado e em contexto. Estreitamente ligado ao sentido de número estão o desenvolvimento do raciocínio aditivo e da flexibilidade em cálculo mental. A evolução das estratégias de cálculo mental usadas pelos alunos, e da sua flexibilidade, está diretamente relacionada com o desenvolvimento do sentido de número e com a transição ao longo dos três níveis de cálculo, contribuindo para o aumento do nível de sofisticação do pensamento matemático. A resolução em grupo e a discussão coletiva de tarefas exploratórias contribuíram para o desenvolvimento do sentido de número e da flexibilidade em cálculo mental, desenvolvendo competências e capacidades matemáticas essenciais.
CO.E.3
Fornos solares no laboratório: aprendizagens matemáticas
(Geral)
Patrícia Teixeira, CITeD, Instituto Politécnico de Bragança
Ricardo Ramos, CITeD, Instituto Politécnico de Bragança
Cristina Martins, CITeD, Instituto Politécnico de Bragança
Maria José Rodrigues, CITeD, Instituto Politécnico de Bragança
RESUMO
Com o objetivo de aproximar os alunos mais jovens da investigação científica e promover o ensino prático e experimental foi desenvolvida a atividade "Um projeto STEAM – Aprende construindo!" no Instituto Politécnico de Bragança. Nesta atividade, quatro alunos foram desafiados a construir um forno solar utilizando materiais disponibilizados aleatoriamente. Cada aluno escolheu, de forma autónoma, os seus próprios motores de busca para investigar e planear a construção, entre eles escolheram o Google, o TikTok e o ChatGPT. As soluções encontradas variaram em forma e abordagem, ainda que todas seguissem a mesma indicação base. No final, os fornos solares foram colocados 30 minutos ao sol e verificou-se que os gobelés colocados dentro dos fornos solares atingiram temperaturas superiores a 50 °C, de forma mais rápida e acentuada do que o gobelé exposto apenas ao sol, demonstrando a eficácia dos engenhos na concentração e retenção do calor solar. A atividade integrou diversas competências STEAM, com especial destaque para a matemática, presente na medição e análise das temperaturas, na comparação de resultados, na estimativa de áreas de captação solar e na geometria envolvida no design dos fornos. Esta abordagem interdisciplinar permitiu aos alunos desenvolverem o raciocínio, a capacidade de resolução de problemas e a interpretação de dados num contexto real e experimental, bem como reconhecerem a importância da educação para a sustentabilidade.
CO.E.4
Uma tarde com a matemática dos nossos países:construindo pontes culturais
(1.º e 2.º CEB)
Patrícia Teixeira, CITeD, Instituto Politécnico de Bragança
Paula Maria Barros, CITeD, Instituto Politécnico de Bragança
RESUMO
No âmbito do Projeto Escolas Transformadoras e das comemorações do Dia Internacional da Matemática 2025, desafiaram-se duas turmas de estudantes da formação inicial de professores a dinamizar, para a comunidade educativa, uma tarde com a matemática. Porém, as tarefas a desenvolver deveriam explorar a matemática associada a diferentes países, dado que a instituição de ensino superior, onde se realizou a experiência, era frequentada por estudantes de diversas nacionalidades. Neste contexto, o evento passou a designar-se “Uma tarde com a matemática dos nossos países” e teve como objetivos principais: dar a conhecer aspetos culturais de cada país sob uma perspetiva matemática; criar um espírito de convivência saudável; promover a alteridade e a integração de todos os estudantes no ambiente escolar; e enfatizar a presença da matemática no mundo à nossa volta. Nesta comunicação, pretende-se descrever o projeto desenvolvido, analisar a adequação das tarefas propostas para os primeiros anos de escolaridade e refletir sobre a importância de promover um contexto de integração dos alunos em articulação com as aprendizagens matemáticas.
09h30 - 11h30 | 08 NOV 2025
(Geral)
Moderadora: Dina Tavares, ESE do Instituto Politécnico de Leiria
Isabel Duque (1)
Fátima Fernandes (2)
Neusa Branco (3)
Escola/Instituição
(1) CASPAE, IPSS de Coimbra
(2) ESE do Instituto Politécnico de Viana do Castelo
(3) ESE do Instituto Politécnico de Santarém
Resumo
O espaço exterior constitui um recurso pedagógico privilegiado para a promoção de aprendizagens matemáticas significativas. Nos primeiros anos de vida, o brincar livre possibilita a exploração de conceitos como número, medida, forma, espaço e padrões, valorizando a intencionalidade do educador e/ou professor e a planificação emergente. No 2.º CEB, o contexto outdoor favorece conexões com a realidade, promove atitudes positivas face à matemática e reforça a sua articulação com as ciências. Ambas as perspetivas destacam a importância de aprendizagens contextualizadas, situadas e integradas, que potenciam o sentido da matemática na vida das crianças e jovens. Reconhece-se o brincar e a interdisciplinaridade como eixos estruturantes da ação educativa. A mediação consciente do educador e/ou professor é determinante para transformar experiências espontâneas em oportunidades ricas de construção de saberes.
Neste painel vamos analisar as questões em torno do brincar, da intencionalidade pedagógica, interdisciplinaridade, das aprendizagens contextualizadas e o papel do professor e/ou educador.
O dia 8 de novembro (presencial) e o dia 15 (online) são certificados pela Comissão Pedagógica do Centro de Formação APM como ações de curta duração (ACD) de 6h em cada um dos dias, para professores dos grupos 100, 110 e 230.
Todos os participantes que frequentem o encontro, com assiduidade, nos dias 8 e 15 de novembro (presencial e online), terão direito a dois certificados de ACD com 6h cada.
Na tabela abaixo, encontram-se os valores das inscrições:
Nota: São considerados estudantes os alunos que frequentam licenciatura ou mestrado que habilita para a docência, sendo obrigatório o envio do comprovativo de matrícula de 2025/2026.
A inscrição no Encontro "EMPA 2025" requer o preenchimento de um formulário de inscrição. Após completar a sua inscrição deve efetuar a transferência bancária referente ao valor da sua inscrição e almoço (Conta APM com IBAN:PT50003503250000664993010).
No caso dos associados, indicar o número de sócio no descritivo da transferência ou primeiro e último nome no caso dos não sócios.
Enviar o comprovativo de pagamento para o e-mail centroformacao@apm.pt (até 48 horas após efetuar a sua inscrição).
A inscrição só fica concluída e validada após o envio do comprovativo de pagamento para o endereço de e-mail indicado.
DEVOLUÇÃO DE 50% DO VALOR PAGO, A QUEM COMUNICAR A DESISTÊNCIA ATÉ 3 DIAS ÚTEIS DO ENCONTRO. A PARTIR DAÍ NÃO HAVERÁ LUGAR A DEVOLUÇÕES.
Participe
Simpósios de Comunicações
Se pretende participar no EMPA 2025 com uma Comunicação num dos simpósios, envie-nos a sua proposta. Cada simpósio tem a duração de 1 hora e 30 minutos, integrando três comunicações, no máximo.
Comunicações em Simpósios (15 min)
As comunicações para os simpósios são propostas e dinamizadas por participantes no encontro, fundamentalmente sobre temas e abordagens de ensino e materiais didáticos. Cada comunicação tem a duração de 15 minutos, reservando-se o restante tempo para a discussão coletiva.
Submissão de Comunicações
Os participantes no EMPA 2025 podem submeter propostas de comunicações. As propostas devem incluir um resumo em português. A extensão dos resumos não deve ultrapassar os 1500 carateres (incluindo espaços). Os textos das propostas devem respeitar rigorosamente as normas de formatação que constam no respetivo modelo disponibilizado e ser enviados para empa2025apm@gmail.com até ao dia 14 de julho de 2025.
Informação adicional:
Cada autor só pode submeter no máximo 2 (duas) comunicações com o seu nome;
Todos os autores que apresentam a comunicação têm de estar inscritos no encontro;
Só é entregue certificado a quem apresentar a comunicação.
A comunicação de aceitação é realizada até 31 de julho de 2025, podendo ser solicitada previamente informação adicional se necessário.