XVIII Encontro Matemática nos Primeiros Anos (Pré, 1.º e 2.º Ciclos)

06/11/2015 a 07/11/2015
Leiria APM

 

 

 

Apresentação

 

Dezoito anos depois, eis-nos na cidade de Leiria onde tudo começou. O encontro dedicado ao ensino e aprendizagem da Matemática nos primeiros anos será, desta vez, acolhido pela Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do Instituto Politécnico de Leiria, instituição com 35 anos de experiência na formação inicial e contínua de Educadores de Infância e Professores dos primeiros anos.

Este Encontro nasceu, essencialmente, para dar mais visibilidade à Educação Matemática nos primeiros anos, constituindo-se como um espaço para divulgação, confronto e discussão de ideias e trabalhos realizados por professores e investigadores.

Como afirma Tolentino de Mendonça “a vida de cada um de nós não se basta a si mesma: precisamos sempre do olhar do outro, o que é um olhar o outro, que nos mira de um outro ângulo (…). A vida só por intermitências se resolve individualmente, pois o seu sentido só se alcança com a partilha”. É isto que nos move, partilhar experiências, discutir novas abordagens ……..


Até Novembro em Leiria!

 


Comissão organizadora

Dina Tavares
Elvira Ferreira
Hélia Pinto
Hugo Menino
Irene Segurado
Isabel Rocha
Luís Ribeiro
Margarida Abreu
Marina Rodrigues
Nuno Rainho
Pedro Almeida
Renata Carvalho
Rogério Costa
Teresa Santos

 


Contactos

 

"A Matemática nos primeiros anos 2015" - Associação de Professores de Matemática

Rua Dr. João Couto, n.º 27-A

1500-236 Lisboa

Tel.: +351 21 716 36 90 / 21 711 03 77

Fax: +351 21 716 64 24

 

 

 

 

Local do Encontro

 

Escola Superior de Educação e Ciência Sociais - Instituto Politécnico de Leiria

 

A Escola Superior de Educação e Ciências Sociais (ESECS) do Instituto Politécnico de Leiria (IPLeiria) é o mais antigo estabelecimento de Ensino Superior do distrito. Criada formalmente em 1979, como escola autónoma, iniciou as suas atividades letivas em 1985. Em Abril de 1987 foi integrada no IPLeiria.

A matriz original, vocacionada para a formação de Professores do Ensino Básico e de Educadores de Infância, foi enriquecida com novas ofertas de formação na área das Ciências Sociais, nomeadamente Relações Humanas e Comunicação Organizacional, Comunicação Social e Educação Multimédia, Serviço Social, Educação Social, Animação Cultural, Desporto e Bem-Estar e Tradução e Interpretação em Português-Chinês/Chinês-Português, áreas que não existiam no distrito e que apresentam complementaridades com os seus domínios tradicionais de formação.

A ESECS conta com mais de 2000 estudantes a frequentar os seus cursos de especialização tecnológica, licenciatura, pós-graduação, mestrado, formação especializada e profissional, e formação para seniores.

Para além da formação inicial de educadores de infância e de professores, a ESECS disponibiliza, na área da educação, cursos de mestrado destinados a professores já em funções e a outros profissionais de educação, orientados para a dinamização do processo educativo e, na área das ciências sociais, mestrados orientados para a intervenção social, comunicação social e para o aprofundamento de estudos em áreas específicas como a tradução e desporto.

A dimensão cultural é também um fator de relevo na vida académica. A ESECS apoia a dinamização de diversas atividades culturais da sua comunidade promovidas pelos seus estudantes e professores, traduzindo-se na realização de exposições, seminários, conferências, workshops, entre outras ações abertas à comunidade académica e ao público em geral.

Além das atividades no Campus, a Escola tem apostado fortemente no desenvolvimento de diversos projetos de educação, formação, investigação e cooperação internacional, realizados através de parcerias estratégicas com entidades nacionais e internacionais. Neste domínio, para além da dimensão europeia, assume especial relevo a cooperação com os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), com o Brasil e com a República Popular da China.

Localizada em Leiria, no centro geográfico de Portugal, fica a apenas 130 km de Lisboa e uma hora e meia de carro do Porto. A ESECS é uma excelente opção para quem, nacional ou estrangeiro, quer estudar numa escola com elevados padrões de qualidade de ensino, instalações agradáveis, apoios sociais adequados e inserida numa região de contrastes e belezas naturais ímpares.

A ESECS é hoje um marco na Região e a par das restantes quatro Escolas contribui para consolidar o IPLeiria como uma instituição de referência no país.

 

 

Coordenadas GPS da ESECS / IPL:

N 39.739448 LATITUDE

W 8.811279 LONGITUDE

 

 

Onde Dormir

 

 

 

 

 

Programa Científico

 

Esquema Geral do Programa 
 

6 de novembro (sexta-feira)

 


16h00    Receção 

16h30    Sessão abertura

              Presidente da APM; Presidente do IPL; Diretor da ESECS; Coordenadora da secção Matemática

             Local: A2

16h45    Conferência plenária (1º e 2º CEB) - "O que é fundamental aprender em Matemática nos primeiros anos ?"

                                    Lurdes Serrazina, Escola Superior de Educação de Lisboa

   Moderadora: Elvira Ferreira

              Local: A2

18h00     Coffee break  

18h15     Sessões práticas

20h45     Fim dos trabalhos 

 

 


 

7 de novembro (sábado)

 

 

                      09h00     Conferência plenária  – “Números racionais não negativos nos primeiros anos”

    Cecília Monteiro, Escola Superior de Educação de Lisboa

    Hélia Pinto, Escola Superior de Educação e Ciências Sociais

    Moderadora: Margarida Abreu

    Local: A2


    Conferência plenária (Pré-Escolar) – “Da formação matemática dos Educadores de Infância às aprendizagens matemáticas das crianças no Jardim de Infância”

    Margarida Rodrigues, ESE de Lisboa

    Paula Serra, Externato "O Poeta"

    Moderadora: Marina Rodrigues

    Local: A1

10h15     Coffee break 

10h30     Sessões práticas

13h00     Almoço

14h30     Simpósios de comunicações

15h30     SESSÃO ESPECIAL: A Matemática com Pais e Filhos

    Hélia Pinto e Elvira Ferreira

    1ª Parte: Matemática no dia a dia

    2ª Parte: Jogos com Matemática

16h15     Coffee break 

                      16h30     Apresentação do Projeto Conjunto APM - Associação de Professores de Português (APP)

    Ano 1 do projeto: foco especial no 1.º Ciclo.

17h00     Painel - Orientações curriculares para o pré-escolar e primeiros anos do ensino básico

    M. Isabel Rocha, ESECS/IPLEIRIA (Moderadora)

    Joana Brocardo, ESE/IPSETÚBAL

    Liliana Marques, Representante da APEI

    Mónica Alexandre, EB1 de Vale da Pedra - Agrupamento de Escolas da Carreira, Leiria

    Local: A2

                     18h30      Sessão Encerramento

                                     Direção da APM; Hugo Menino

    Local: A2

 

Cartaz

 

 

Conferências Plenárias

(Duração 1,5h)

 

O que é fundamental aprender em Matemática nos primeiros anos?

Sexta-Feira 6 de Novembro
16h45
Local: A2


Lurdes Serrazina, Escola Superior de Educação de Lisboa

Moderadora: Elvira Ferreira

Nesta conferência procurar-se-á fazer uma discussão à volta do que deve ser ensinado em Matemática nos primeiros anos, considerando como conteúdos a ensinar não apenas os tópicos matemáticos, mas também as capacidades a desenvolver como a resolução de problemas, o raciocínio, a comunicação e as representações em Matemática. Esta discussão passará por abordar o tema da aprendizagem em Matemática, na medida em que o modo como se aprende é fundamental, nomeadamente como se estabelecem conexões entre os novos conhecimentos e aqueles que os alunos já têm. Serão ainda discutidos os papéis da memorização, das rotinas e da compreensão em Matemática no processo de aprendizagem.

 

Da formação matemática dos Educadores de Infância às aprendizagens matemáticas das crianças no Jardim de Infância 

Sexta-Feira 7 de Novembro
09h00
Pré-Escolar
Local: A1

Margarida Rodrigues, ESE de Lisboa

Paula Serra, Externato "O Poeta"

Moderadora: Marina Rodrigues

Nesta conferência procurar-se-á discutir a formação inicial e especializada dos Educadores de Infância, nomeadamente em Matemática, e sua relação com a qualidade das aprendizagens matemáticas das crianças. Abordará a importância do aprofundamento do conhecimento matemático por parte dos Educadores de Infância para uma maior capacidade de trabalhar um currículo integrado, estabelecendo conexões entre várias áreas de conteúdo e entre vários domínios da Matemática. Esse aprofundamento tem implicações ao nível da intencionalidade colocada em toda a ação pedagógica dos Educadores bem como na forma como as crianças do Jardim de Infância evidenciam aprendizagens matemáticas mais cedo do que anteriormente se supunha. Serão ainda apresentados resultados empíricos de alguns estudos como forma de ilustrar os argumentos atrás enunciados. Estes resultados mostram que potenciar as capacidades cognitivas das crianças desde a Educação Pré-escolar não significa escolarizar, disciplinarizar ou compartimentar os saberes neste nível educativo.

 

Números racionais não negativos nos primeiros anos 

Sexta-Feira 7 de Novembro
09h00
Pré-Escolar
Local: A2

Cecília Monteiro, Escola Superior de Educação de Lisboa

Hélia Pinto, Escola Superior de Educação e Ciências Sociais

Moderadora: Margarida Abreu

Dados da investigação sugerem que os números racionais, nomeadamente as frações são um dos tópicos mais complexos de aprender e ensinar, pelo que os professores precisam de ter um conhecimento robusto destes números e das respetivas representações, para que possam proporcionar aos seus alunos aprendizagens significativas. Estas implicam um trabalho onde as frações surgem com diferentes significados, para que os conceitos possam ser explorados de forma completa e integrada e assim promover-se o desenvolvimento do sentido de número racional. Porém, nas orientações curriculares (ME, 2013) surge um conjunto de metas que dificilmente contribuem para uma aprendizagem com compreensão, integrada e articulada. Haverá forma de contornar as metas prescritas para os números racionais não negativos?

 

 

 

 

Sessões práticas

Sessões Práticas com discussão (2,5h)


As sessões práticas são sessões propostas e dinamizadas por participantes no encontro, fundamentalmente sobre temas, abordagens e materiais didácticos, em que é prevista a realização de trabalho prático. Estas sessões têm a duração de duas horas e meia reservando-se os últimos 15/30 minutos para discussão.

SP1 - APPS: a nova geração de recursos em educação.
SP2 - Ensinar e aprender números racionais com compreensão
SP3 - A utilização do software Geogebra no ensino da geometria
SP4 - À descoberta dos números… com crianças dos dois aos sete anos.
SP5 - A Matemática e as Expressões Artísticas
SP6 - Geometria com Origami
SP7 - Geometria: conexões dentro e fora da matemática
SP8 - Jogos Matemáticos
SP9 - AtrMini: uma ferramenta útil no Ensino da Matemática para o 1º e 2º Ciclos
SP10 - A utilização do software Thinkerplots
SP11 - Números racionais no 1.º e 2.º ciclo do ensino básico
SP12 - Aprender com a aprendizagem dos alunos em geometria
SP13 - Desenvolver o raciocínio proporcional nos primeiros anos de escolaridade.
SP14 - A porta nem sempre está fechada
SP15 - Investigando o recreio… Uma oportunidade para articular a Matemática e o Estudo do Meio
SP16 - Promover o desenvolvimento do sentido de número e do pensamento algébrico no 1.º Ciclo
SP17 - Desafios matemáticos com moedas.
SP18 - Descobrindo a matemática na creche:“-Ela está a comer muitos (T., 2 anos); - Não, é só um! (A., 2 anos)”

 

 

SP1 - APPS: a nova geração de recursos em educação

Sexta-feira, 6 de Novembro
Geral
Local: ESECS

Ana Cristina Hoskins, AE Rodrigues de Freitas, Porto

As novas gerações estão definitivamente ligadas ao écran e os ambientes de sala de aula também. A mobilidade daqueles permite aprender em qualquer lugar: na escola ou em casa. Os recursos são cada vez mais sofisticados e multidisciplinares. A possibilidade de aprender com recurso às APPS, permite uma mobilidade de ambientes e uma transversalidade curricular espantosa.

A possibilidade de aceder a materiais exclusivos para o professor, associados às APPS, permitem ainda uma cuidada planificação das atividades a propor aos alunos, recolhendo o feedback necessário para avaliar as aprendizagens propostas.

Nesta sessão vamos observar como algumas APPS, criteriosamente selecionadas, podem ajudar a estimular a aprendizagem dos nossos alunos, através de ambientes criativos, desafiantes e multidisciplinares. Vários temas podem ser estudados com recurso às APPS: desde uma grande diversidade de noções matemáticas até variadíssimos temas relacionados com as ciências e as línguas, por exemplo. Vamos nesta sessão explorar e discutir as potencialidades de algumas delas.

As escolas têm agora a possibilidade de investir em recursos didáticos que utilizam o mesmo suporte físico que os “brinquedos” preferidos dos jovens de hoje: smartphone e/ou tablet.

Educadores, pais e alunos têm agora à distância de um toque, uma coleção de recursos para, em conjunto, explorar o mundo!

 

SP2 - Ensinar e aprender números racionais com compreensão

Sexta-feira, 6 de Novembro
1.º e 2.º CEB
Local: ESECS


Graciosa Veloso, Escola Superior de Educação de Lisboa

As aprendizagens referentes aos números racionais nos primeiros anos, embora complexas para as crianças, são essenciais para o sucesso no prosseguimento escolar. Os estudos realizados no campo da Educação Matemática mostram que é possível aprender bem e esclarecem que a mecanização e a formalização precoce são prejudiciais à compreensão.

Apesar das dificuldades e dos obstáculos criados pelo recente Programa de Matemática do Ensino Básico, é possível continuarmos a colaborar na melhoria do que ensinamos. É pois com este espírito e suportada na experiência com Formand@s da Formação Inicial e da Formação Contínua que estão organizadas as tarefas propostas para resolução e para discussão matemática e didática.

Abordaremos o conceito de número fracionário através de situações simples que o requerem e para as quais é insuficiente o conhecimento dos números inteiros.

Serão discutidos alguns dos significados de fração, a ordenação de números racionais evidenciando o papel da unidade de referência, a compreensão do processo formal de redução ao mesmo denominador.

 

SP3 - A utilização do software Geogebra no ensino da geometria

Sexta-feira, 6 de Novembro
1.º e 2º CEB
Local: ESECS

Nuno Miguel Marques Raínho, Escola Superior de Educação e Ciências Sociais - IPLeiria

Dina dos Santos Tavares, Escola Superior de Educação e Ciências Sociais - IPLeiria

O rápido desenvolvimento tecnológico e o seu reconhecido contributo nas diversas áreas, leva a que haja necessidade de incorporar as novas tecnologias no processo educativo, e em especial no ensino e na aprendizagem da matemática. De acordo com algumas orientações curriculares sobre o ensino da geometria, o uso de tecnologias, nomeadamente de softwares de Geometria Dinâmica, como o Geogebra, pode influenciar a forma como a matemática é ensinada e melhorar a aprendizagem dos alunos.

Um ensino da geometria que incorpore o uso de materiais manipuláveis e de ambientes de geometria dinâmica, privilegia o uso de diferentes representações e apoia a aprendizagem dos alunos de forma significativa proporcionando experiências diversificadas que servem de base a uma aprendizagem cada vez mais formal.

Nesta sessão prática temos como objetivo apresentar e discutir algumas potencialidades do Geogebra em contexto de sala de aula, com vista à compreensão de conceitos e de relações geométricas e ao estabelecimento de algumas conexões com outros tópicos da matemática.

Durante a sessão iremos resolver algumas tarefas matemáticas que envolvam a construção e manipulação de objetos geométricos bem como analisar e discutir os conhecimentos matemáticos que mobilizam e possíveis abordagens didáticas.

 

 

SP4 - À descoberta dos números… com crianças dos dois aos sete anos.

Sexta-feira, 6 de Novembro
Pré-escolar e 1.º CEB
Local: ESECS

Paula Sério Dias Lopes, Centro Infantil Nossa Senhora do Carmo, Moura

Fernanda Alegria Azedo, Centro Infantil Nossa Senhora do Carmo, Moura

Lurdes Lampreia, Centro Infantil Nossa Senhora do Carmo, Moura

Rute Pires, Centro Infantil Nossa Senhora do Carmo, Moura

Maria José Delgado, Centro Infantil Nossa Senhora do Carmo, Moura

Fuson, Grandau e Sugiyama (2001) sustentam que a maior parte das diferenças verificadas nas aptidões das crianças resultam das diferentes experiências de aprendizagem por que passam.

Por outro lado, estudos realizados com alunos de Jardim de Infância, confirmam que as actividades aí levadas a cabo constituem suportes fundamentais ao desenvolvimento do sentido de número e de um grande número de competências que as crianças precisam de ter mais tarde.

Além da importância da utilização de materiais manipuláveis, adequados a estes níveis etários, é fundamental que as crianças trabalhem num ambiente estimulante, que sejam encorajadas a partilhar com os outros os seus raciocínios e a explicitar as diferentes perceções que têm de um dado número.

Partindo de todos estes pressupostos, iremos criar percursos de aprendizagem que conduzam à descoberta dos números…

 

SP5 - A Matemática e as Expressões Artísticas

Sexta-feira, 6 de Novembro
Pré- Escolar
Local: ESECS

Lúcia Magueta, Mª de São Pedro Lopes, Marina Rodrigues, Sandrina Milhano, ESECS

Sabemos que a natureza interdisciplinar e criativa da experiência de criação artística pode arrastar em si mesma possibilidades de cruzamento com outras linguagens. Sabemos, também, que a experiência de criação artística assenta numa abordagem de construção ativa, onde os elementos do grupo criam em conjunto.

Partindo destes dois pressupostos tentaremos, nesta sessão prática, experimentar e refletir sobre um conjunto de atividades artísticas, lúdicas e criativas onde estes dois pressupostos sejam visíveis e operacionalizáveis para um contexto de educação de infância. Ou seja, onde a matemática possa ser abordada através das expressões artísticas e as expressões artísticas possam ser estruturadas através da matemática…

 

SP6 - Geometria com Origami

Sexta-feira, 6 de Novembro
GERAL
Local: ESECS

Anabela Gaio, Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos Mário de Sá Carneiro

Ilda Rafael, Escola Secundária de Loures

Durante muitos séculos as dobragens em papel foram vistas como uma brincadeira de criança. Dobrar flores, peixes ou pássaros serviam unicamente para dar prazer a quem os dobrava ou a quem os recebia.
Hoje sabemos que por trás da técnica da dobragem está um conjunto de axiomas e propriedades que fazem da Geometria do Origami uma ferramenta que dá resposta a mais problemas que a Geometria Euclidiana. Se está interessado em, com uma folha de papel, construir polígonos, sólidos, provar teoremas  ou trissectar ângulos apareça.
Ah e no final ainda se diverte!

ATENÇÃO: Sessão alterada para sábado!
 

 

SP7 - Geometria: conexões dentro e fora da matemática

Sexta-feira, 6 de Novembro
1º e 2º CEB
Local: ESECS

Irene Segurado, Escola E.B. Dr. Rui Grácio – Montelavar (Sintra).

A compreensão de conceitos de geometria pode ser facilitada através de conexões dentro ou fora do contexto matemático. Envolver os alunos na realização de tarefas que os levem a explorar conceitos geométricos em conexão com outras áreas do saber ou temas matemáticos torna a aprendizagem mais significativa. Neste sentido é essencial refletir com os professores sobre materiais adequados à sala de aula e como estes podem ser usados em prol das aprendizagens dos alunos.

 

SP8 - Jogos Matemáticos

Sexta-feira, 6 de Novembro
GERAL
Local: ESECS

Margarida Abreu, Agrupamento de Escolas de Tondela Cândido de Figueiredo

Mª Teresa Santos, Agrupamento de Escolas Soares Basto

 

 

SP9 - AtrMini: uma ferramenta útil no Ensino da Matemática para o 1º e 2º Ciclos

Sexta-feira, 6 de Novembro
1.º e 2º CEB
Local: ESECS

Ana Critina Oliveira, Atractor

Dirigido às crianças, em particular a alunos do 1º e 2º ciclos, consiste num conjunto de jogos e pode ser uma ferramenta útil no ensino da matemática a nível elementar. Com o AtrMini, as crianças podem desenvolver diversas capacidades matemáticas: cálculo mental, familiaridade com o uso do dinheiro, utilizar uma versão reduzida da linguagem Logo, ter um primeiro contacto com questões combinatórias simples, desenvolver algumas noções relacionadas com Simetria, ....

 

SP10 - A utilização do software Thinkerplots

Sábado, 7 de Novembro
1.º e 2º CEB
Local: ESECS


ANULADA

Nuno Miguel Marques Raínho, Escola Superior de Educação e Ciências Sociais - IPLeiria

Rogério Costa, Escola Superior de Educação e Ciências Sociais - IPLeiria

A estatística nos dias de hoje é uma ferramenta indispensável para qualquer pessoa que precisa de tomar uma decisão com base na análise de dados. Para uma mais rápida e melhor compreensão dessa tomada de decisão será muito vantajoso tentarmos colocar ao serviço da estatística a tecnologia. No que ao ensino diz respeito, e  sendo a Estatística a ciência que estuda os “dados”, esta deve fazer parte dos conteúdos programáticos de todos os níveis de ensino. Não apenas o seu aspecto mais matemático, mas também o seu uso na análise e interpretação dos dados, realçando o seu papel como linguagem de descrição e argumentação sobre a realidade.

Nesta sessão prática trabalharemos alguns conteúdos do tópico Organização e Tratamento de Dados (OTD) com recurso ao software Tinkerplots. Como se trata de um software relativamente recente, para além de apresentarmos algumas investigações que evidenciam as vantagens do seu uso nos primeiros anos, iremos propor a resolução de tarefas recorrendo ao referido software.

 

SP11 - Números racionais no 1.º e 2.º ciclo do ensino básico

Sábado, 7 de Novembro
1.º e 2.º CEB
Local: ESECS

Renata Carvalho, Agrupamento de Escolas Joaquim Inácio da Cruz Sobral, Instituto de Educação da Universidade de Lisboa

Os números racionais ocupam uma parte significativa do currículo de Matemática. Um ensino alicerçado na compressão dos números racionais, com recurso a materiais manipuláveis e a representações diversas, apoiam a aprendizagem dos alunos de forma significativa proporcionando experiências diversificadas que servem de base a uma aprendizagem cada vez mais formal. Neste sentido, é essencial partilhar e discutir ideias bem como refletir acerca da pertinência de algumas tarefas e abordagens para a sala de aula, tendo como objetivo principal uma aprendizagem dos números racionais com compreensão.

 

SP12 - Aprender com a aprendizagem dos alunos em geometria

Sábado, 7 de Novembro
1º CEB
Local: ESECS

Cristina Loureiro, Escola Superior de Educação de Lisboa

Esta sessão prática tem como base de trabalho um conjunto de reflexões que resultam da realização de uma experiência prolongada de ensino da geometria no 1º ciclo. Na sessão serão discutidos os percursos didáticos realizados, com especial incidência nos registos vídeo dos momentos coletivos recolhidos durante a experiência e nas tarefas que deram origem aos trabalhos dos alunos.

Esta sessão está ligada à comunicação “Reflexões sobre o papel dos momentos coletivos no planeamento do ensino” que será apresentada também neste encontro.

 

SP13 - Desenvolver o raciocínio proporcional nos primeiros anos de escolaridade.

Sábado, 7 de Novembro
1º e 2º CEB
Local: ESECS

Ana Isabel Silvestre, Escola Básica 2,3 D. Pedro Varela, Montijo

Cláudia Canha Nunes, Escola Básica 2,3 Fernando Pessoa, Lisboa

O raciocínio proporcional é importante na resolução de problemas do quotidiano e na aprendizagem de várias noções matemáticas e de outras áreas do saber. Contudo, apesar de as crianças contactarem cedo com situações que envolvem relações de proporcionalidade, antes de iniciarem a sua escolaridade, o desenvolvimento do raciocínio proporcional é indicado pela investigação como moroso e a com forte influência da experiência escolar, o que coloca um desafio para a prática letiva.

Como professoras consideramos que desenvolver o raciocínio proporcional dos alunos nos primeiros anos do ensino básico, não significa ensinar procedimentos, como por exemplo, a “regra de três simples”. Pelo contrário envolve uma experiência prolongada e regular com os vários aspetos do raciocínio proporcional. Nesta sessão, apresentamos um conjunto de tarefas que incluem vários aspectos do raciocínio proporcional e analisamos as estratégias de resolução dos alunos em tarefas que envolvem a relação de proporcionalidade direta.

 

SP14 - A porta nem sempre está fechada

Sábado, 7 de Novembro
1.º CEB
Local: ESECS

Alice Rocha, Agrupamento de Escolas Joaquim Inácio da Cruz Sobral

Fernanda Rua, Agrupamento de Escolas Joaquim Inácio da Cruz Sobral

Nesta sessão prática, propõe-se um possível caminho a desenvolver, ao longo dos primeiros quatro anos de escolaridade, na construção do conceito de ângulo e de todos os outros conceitos que lhe estão associados. Para isso, ir-se-ão privilegiar diferentes experiências matemáticas e recorrer a materiais manipuláveis diversificados, que vão desde um simples gerador de ângulos, ao mítico Tangram, passando pelo sempre útil geoplano. Subjacente à proposta, estarão sempre as metas consignadas no programa curricular.

 

SP15 - Investigando o recreio… Uma oportunidade para articular a Matemática e o Estudo do Meio

Sábado, 7 de Novembro
1º CEB
Local: ESECS

Ana Caseiro, Escola Superior de Educação de Lisboa

Bianor Valente, Escola Superior de Educação de Lisboa

Os recreios escolares constituem recursos valiosos para o desenvolvimento de aprendizagens sobre o mundo natural e que, simultaneamente, providenciam oportunidades únicas para o desenvolvimento da literacia estatística dos/as alunos/as.

Na busca de resposta a diferentes questões como “Que seres vivos habitam na escola?” e “Como melhorar a biodiversidade da escola?”, serão planificadas e conduzidas diferentes investigações sobre a biodiversidade.

Ao longo destas investigações os participantes terão a oportunidade de recolher, analisar e interpretar dados reais sobre as diferentes espécies animais e vegetais existentes nos espaços circundantes à ESECS. Durante a análise dos dados será dada particular relevância à escolha das representações mais adequadas em função das questões em estudo.

Desta forma, pretende-se ilustrar que o Estudo do Meio e a Matemática podem ser integrados no processo de ensino-aprendizagem promovendo um ensino mais rico e contextualizado.

 

SP16 - Promover o desenvolvimento do sentido de número e do pensamento algébrico no 1.º Ciclo

Sábado, 7 de Novembro
1.º CEB
Local: ESECS

Célia Mestre, Agrupamento de Escolas Romeu Correia, Almada

Esta sessão prática centra-se em diferentes tópicos do tema “Números e Operações” com o objetivo de explorar o caráter potencialmente algébrico da aritmética, numa perspetiva de desenvolvimento do sentido de número e do pensamento algébrico. Desta forma, serão analisadas e discutidas as potencialidades de diferentes tarefas matemáticas envolvendo relações e regularidades numéricas, as propriedades das operações e a relação de igualdade.

 

SP17 - Desafios matemáticos com moedas.

Sádabo, 7 de Novembro
Pré- Escolar e 1º CEB
Local: ESECS

Sara Joana Pereira, Agrupamento de Escola de Aveiro

Será explorada uma sequência didática focada de forma particular na mobilização de competências do domínio da matemática, consistido num conjunto de pequenos desafios, sob a forma de resolução de problemas.

Esta exploração será baseada numa sequência de desafios propostos a crianças do pré-escolar, explorando de forma multifacetada as moedas conseguidas pela venda de rifas.

Após a descrição do  contexto que enquadrou as atividades desenvolvidas serão descritas as atividades desenvolvidas de forma articulada com as intenções pedagógicas inerentes a cada uma das tarefas realizadas e com as aprendizagens das crianças, sendo estas correspondidas a itens das Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar (OCEPE – ME, 1997), das Metas de Aprendizagem e do Referencial para a Educação Financeira (REF – MEC, 2013).

Estas serão posteriormente experimentadas pelos grupos de participantes.

Será dinamizado um tempo de partilha de experiências neste domínio e a este nível de escolaridade.

 

 

SP18 - Descobrindo a matemática na creche:“-Ela está a comer muitos (T., 2 anos); - Não, é só um! (A., 2 anos)”

Sábado, 7 de Novembro
Educadores de Infância em contexto de creche
Local: ESECS

Ana Lemos, Escola Superior de Educação e Ciências Sociais/Instituto Politécnico de Leiria

Sónia Correia, Grupo Projeto Creche- ESECS/IPL

Isabel Simões Dias, Grupo Projeto Creche- ESECS/IPL

Com esta sessão prática pretende-se refletir com os participantes acerca das experiências matemáticas que são vividas com as crianças entre 1 e 3 anos de idade, em contexto de creche. Partindo da ação educativa dos participantes, procurar-se-á identificar situações diárias de desenvolvimento das crianças que sejam indutoras de aprendizagens matemáticas. Situando os dados levantados no espaço e no tempo da criança em creche, proporcionar-se-á o desenvolvimento de documentação pedagógica que evidencie os saberes matemáticos da criança na primeira infância em interação.

 

 

Simpósios de Comunicações

(Duração 1,75 h)

 

Simpósio de comunicações A

 

Sábado, 7 de novembro
Educadores de Infância
ESECS

 

"Histórias e matemática."

Cristina Silva, Agrupamento de Escolas de Vieira de Leiria

Isabel Santos, Jardim de Infância de Vieira de Leiria

Todas as crianças gostam de jogar, de brincar ao faz de conta e é a partir daqui que se constrói o conhecimento. O pensamento das crianças em idade pré-escolar é muito intuitivo e concreto, dependendo do que vai experimentando e das suas ações. Dados da investigação indicam que o conhecimento matemático fundamental começa durante a infância e desenvolve-se imenso durante os primeiros cinco anos de vida. Nesta idade, é importante que as crianças tenham oportunidade de participar em experiências de contagem dado que é a partir destas que as crianças desenvolvem muitos outros conceitos numéricos e aritméticos. Assim, nesta comunicação, iremos apresentar tarefas relativas ao tema Organização e Tratamento de Dados bem como problemas de combinatória de modo a desenvolver o conhecimento matemático das crianças no Jardim de Infância onde trabalhamos.

 

"O desenvolvimento das ideias algébricas na educação pré-escolar"

Ana Leitão, Cristina André, ESECS

Esta comunicação relata duas experiências vividas em duas salas de um Jardim de Infância da Marinha Grande, com dois grupos de crianças de três, quatro e cinco anos.

Surgiu no âmbito de uma formação sobre “A matemática no Pré-escolar” onde, a partir do conto popular “Tio Lobo” adaptado por Xosé Ballesteros, foram promovidas algumas tarefas de modo a desenvolver o pensamento algébrico, tais como: desenvolver estratégias de contagem até 5 e até 10; compreender relações quantitativas básicas (mais, menos, igual); perceber relações comparativas e criar padrões.

 

"Tarefas Matemáticas no Pré-Escolar com a História "A lagartinha muito comilona"

Elodie Agostinho, ESECS

Esta comunicação relata um conjunto de experiências educativas realizadas no âmbito da Prática Pedagógica em Educação de Infancia do Mestrado em Educação Pré-Escolar e Ensino do 1º CEB.

A partir da leitura da história de Eric Carle “A lagartinha muito comilona” foram propostas às crianças tarefas variadas abordando diferentes temas matemáticos numa perspetiva transdisciplinar e integradora.

Esta experiência evidenciou como a partir de uma história  se pode criar uma relação entre todas as áreas de conteúdo, proporcionando aprendizagens a partir de contextos lúdicos. O papel  educador foi essencial, ao orientar as experiências educativas de forma a estimular a aprendizagem matemática das crianças e fomentando o desenvolvimento de atitudes favoráveis face a esta área do saber.


 

"A resolução de problemas no pré-escolar"

Ana Leitão, Ana Sofia Pereira, Inês Taveira, ESECS

Esta comunicação relata uma experiência vivida durante a prática pedagógica em jardim de infância, no âmbito do mestrado em educação pré-escolar da ESECS. Pretende-se apresentar um trabalho exploratório realizado no âmbito da resolução de problemas com um grupo de crianças de 4 e 5 anos de idade. A partir de um conjunto de propostas educativas que envolveram a formulação de problemas, a resolução de problemas e a representação das suas estratégias de resolução (individualmente, a pares ou em grande grupo), sempre em contextos significativos para as crianças, procurou-se analisar o significado que as crianças dão ao conteúdo matemático dos problemas e o modo como o evidenciam quando fazem a representação gráfica das suas estratégias de resolução.

 

 

Simpósio de comunicações B

 

Sábado, 7 de novembro
Educadores de Infância
ESECS

 

“A medida no pré-escolar”

Elvira Cruz, Rosa Rita, Sílvia Santos, Jardim-de-infância de Cumeira e Jardim-de-infância do Pilado

A matemática faz parte do dia-a-dia da criança. Cabe-nos a nós, educadores, abordá-la de forma intencional e objetiva. Nesta comunicação, apresentaremos tarefas relacionadas com o conceito de medida e ainda tarefas relativas à Organização e Tratamento de Dados. Em relação à medida, embora saibamos que seja um conceito complexo, tentámos realizar tarefas envolvendo o conceito de unidade e comparação, dado que estas são fundamentais para a compreensão gradual do processo de medição, tendo recorrido a experiências com materiais concretos próximos das crianças, envolvendo unidades não padronizadas, tendo como ponto de partida a história “De que tamanho é o pé do rei”. Preocupámo-nos ainda que as crianças se familiarizassem com a linguagem relativa à medida e comparar o comprimento de diferentes objetos segundo um dado atributo. No tema de OTD, realizámos tarefas com gráficos de barras e diagrama de Venn bem como os respetivos registos.

 

"O Sentido de número e o desenvolvimento das ideias algébricas na Educação Pré-Escolar"

Idalina Armindo e Isabel Júlio, Jardim de Infância da Pedrulheira – Agr. De Escolas Marinha Grande Nascente

Esta comunicação resulta do trabalho realizado no âmbito da Ação de Formação “A Matemática na Educação Pré-Escolar”. Dos temas tratados, propusemo-nos fazer um trabalho sobre o sentido de número e o desenvolvimento das ideias algébricas. Relativamente ao sentido de número, tivemos em atenção propor às crianças tarefas com o objetivo de trabalhar os marcos importantes para o seu desenvolvimento, nomeadamente, contar/inventariar objetos sincronizadamente, a relação biunívoca, a inclusão hierárquica e a cardinalidade. No caso das tarefas sobre as ideias algébricas, trabalhámos essencialmente padrões de repetição e de crescimento. Tivemos ainda em atenção que os alunos identificassem o grupo que se repete. É nesta perspetiva que se enquadra o trabalho desenvolvido e que pretendemos apresentar. As tarefas propostas surgiram após a exploração da história “Boa Noite, Mocho”, Pat Hutchins, Kalandraka e foram planificadas em conjunto.

 

"Medimos as nossas alturas…"

Carlota Vasconcelos, ESECS

Esta comunicação pretende relatar uma experiencia educativa vivida no âmbito da prática pedagógica em Educação de Infância do Mestrado em Educação Pré-Escolar e Ensino do 1º CEB.

A partir do interesse manifestado pelas crianças em determinar as suas alturas foram realizadas propostas educativas que, tendo em conta o desenvolvimento do conceito de medida em crianças de três anos de idade permitiram contactar com e reforçar ideias e termos associados à medida e verificar se as suas ideias iniciais estavam corretas. Estes processos e experiências, alicerçados nos conhecimentos prévios das crianças e centrados em propostas de comparação de alturas permitiram o desenvolvimento do sentido de medida das crianças de modo significativo.

 

"A matemática na creche: evidências da prática"

Ana Lemos, Sónia Correia e Isabel Simões Dias (Grupo Projeto Creche – ESECS/IPL), ESECS

O presente estudo surgiu no âmbito do Grupo Projeto Creche (ESECS/IPL), no ano letivo 2014/2015. Adotando uma metodologia qualitativo-descritiva, de índole exploratória teve como objetivo descobrir situações matemáticas no quotidiano da creche. Valorizando as caraterística da rotina das crianças em contexto de creche, procurou-se recolher dados em diferentes manhãs de terças-feiras dos meses de maio e junho de 2015. Seis educadoras de infância de contextos institucionais privados e particulares de solidariedade social da região centro de Portugal, registaram situações diárias vividas com crianças de idades compreendidas entre um e três anos. Os dados analisados levam-nos a inferir que a matemática está presente em situações diárias que remetem para o desenvolvimento e aprendizagem da resolução de problemas, da quantidade, da lateralidade, da classificação, do espaço e do tempo, entre outras. Estes dados evidenciam a emergência natural da matemática na rotina das crianças em creche.

 

 

Simpósio de comunicações C

 

Sábado, 7 de novembro
1.º CEB
ESECS

 

"A influência das cadeias de cálculo no desenvolvimento de um cálculo mental flexível e eficiente nos alunos do 1.º CEB"

Nuno Miguel Oliveira, Colégio Conciliar de Maria Imaculaa - Leiria

Esta comunicação tem como base um estudo realizado com alunos do 2.º ano de escolaridade com o objetivo de compreender que estratégias de cálculo mental são usadas na resolução de problemas de adição e subtração com números naturais. Além da resolução de problemas, foi dada especial atenção à implementação de cadeias de cálculo que foram exploradas oralmente, intercaladas com os problemas e incluíam números neles ancorados de modo a influenciar o uso de uma maior diversidade de estratégias pelos alunos. Deste modo, procurou-se promover o cálculo mental flexível adequado aos números envolvidos.

 

"Para uma compreensão em profundidade da matemática que se vai ensinar: contributos da formação de professores dos 1º e 2º ciclos"

Graciosa Veloso, Escola Superior de Educação de Lisboa

O sentido de número racional é de importância fundamental e assume complexidade tal que tem merecido numerosos estudos e investigações. Na comunidade de Educação Matemática é unanimemente reconhecida a importância de sustentar a formalização associada quer ao conceito de número racional, quer às operações aritméticas que o envolvem, em processos compreensivos que tenham em conta os conhecimentos que as crianças já possuem sobre números inteiros e as dificuldades de aprendizagem relativas à construção do conceito de número racional. Há estudos que mostram que também na formação inicial dos professores dos primeiros anos persistem dificuldades e erros semelhantes aos estudados em alunos de ensino básico.

 

"Reflexões sobre o papel dos momentos coletivos no planeamento do ensino"

Cristina Loureiro, Escola Superior de Educação de Lisboa

A realização de uma experiência prolongada de ensino da geometria no 1º ciclo conduziu-me ao estabelecimento de algumas reflexões sobre o papel dos momentos de discussão coletiva na tomada de decisões sobre as tarefas a propor e a gestão da sua realização.

Este trabalho sustenta-se em dois eixos fundamentais: (1) as teorias sócio construtivistas da aprendizagem que destacam a importância dos momentos coletivos de grande grupo na construção do conhecimento matemático; (2) o saber matemático dos alunos como ponto de partida da aprendizagem, sendo o papel do professor aproximar esse saber do saber matemático socialmente reconhecido e aceite.

As reflexões a apresentar são ilustradas com episódios de sala de aula.

 

"Formulação de problemas ou “O que faço eu com isso?”

Pedro Cruz Almeida, Escola Superior de Educação de Lisboa

Atribuímos à experiência um papel essencial no desenvolvimento do saber. Quem experimenta resolver problemas conhece aquela fase em que se questiona “o que faço eu com estes dados?” E quem experimenta formular problemas também conhece a fase “que dados fazem sentido?” Escrevi assim para que pareçam equivalentes, mas serão? De que modo se relacionam as duas situações, a de resolução de problemas e a de formulação? Contribuirá a experiência numa para melhorar o desempenho na outra?

Esta comunicação pretende refletir sobre o interesse deste tipo de atividades nas aulas de matemática, apresentando produções dos alunos em diferentes tipos de tarefas de formulação de problemas.

 

Simpósio de comunicações D

 

Sábado, 7 de novembro
Geral
ESECS

 

"A comunicação na prática letiva: O que comunicamos, como comunicamos e como promovemos comunicação matemática."

Nadia Ferreira, Unidade de Investigação do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa

A comunicação é um elemento estruturante da prática letiva e inerente ao processo de construção do conhecimento. Comunicar é tornar algo em comum podendo fazer-se uso de gestos, representações pictóricas, explicações e questões orais. Na sua dimensão discursiva, a linguagem pode ser oral e escrita, incluindo a linguagem e as representações matemáticas. Podemos considerar três aspetos da comunicação: (i) o questionamento, analisando o tipo de questões e a constituição de padrões de questionamento; (ii) as explicações dadas, que podem ter diferentes fins e características; e (iii) a exploração de representações que apoiem a resolução de tarefas, sejam ou não representações utilizadas pelos alunos, de modo a construir ou ilustrar objetos, conceitos e situações matemáticas. Note-se que numa explicação usam-se representações como ferramentas, para exprimir ideias matemáticas de diferentes formas, por exemplo, estabelecendo relações entre representações pictóricas e simbólicas. As representações emergentes podem ser exploradas através de questionamento. A comunicação pode assumir um caráter unívoco ou dialógico onde podemos ter diferentes estilos de comunicação. Finalmente, as práticas letivas constituem-se em torno de propósitos de ensino e aprendizagem e dependem das ações do professor na promoção das aprendizagens matemáticas e de um ambiente de aprendizagem onde se gerem os alunos e a turma como um todo. Nesta comunicação, ilustrando com exemplos da prática de uma futura professora de 1.º e 2.º ciclo, pretendo debruçar-me em questões relativas à comunicação no que diz respeito às práticas de comunicação e às ações a desenvolver pelos professores na promoção da comunicação matemática, oral e escrita, dos alunos.

 

"A importância das representações matemáticas"

Isabel Velez, Unidade de Investigação do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa

Nesta comunicação pretendo discutir e analisar a importância das representações matemáticas na aprendizagem dos alunos e o papel que os professores podem ter nesse processo. Assim, através de exemplos práticos de representações de alunos obtidas através da realização de uma sequência de tarefas (inseridas numa investigação qualitativa sobre as práticas dos professores) será importante compreender o que são representações, que tipos de representações existem e o que as distingue, qual a sua importância, e de que modo os professores utilizam as representações (representações próprias e representações dos alunos) durante a realização de uma tarefa. Desta forma, será também discutida a importância das representações nos diferentes momentos de uma tarefa (introdução da tarefa, trabalho autónomo dos alunos e discussão de resultados).
 

 

"O uso espontâneo do GeoGebra na resolução de problemas de matemática"

Hélia Jacinto, Escola Básica José Saramago, Poceirão e Unidade de Investigação do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa

Susana Carreira, Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade do Algarve e Unidade de Investigação do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa

Esta comunicação reporta e discute o papel do GeoGebra na atividade de resolução de problemas desenvolvida por jovens do 2.º e do 3.º ciclo no âmbito de duas competições matemáticas – o SUB12 e o SUB14. Para além de suportar a ‘materialização’ de cada uma das situações problemáticas, o GeoGebra favorece a transformação de ideias estáticas em ideias dinâmicas, fazendo emergir uma matematização que sustenta as estratégias e a obtenção das soluções. Veremos como o GeoGebra é usado de forma espontânea para estruturar e amplificar o pensamento matemático, influenciando os processos de resolução de problemas. Estas evidências permitirão ainda discutir algumas implicações para o uso do GeoGebra em tarefas de resolução de problemas na sala de aula. Em particular, o recurso a este ambiente de geometria dinâmica pode servir de trampolim para o desenvolvimento de capacidades argumentativas ou ainda para a exploração de novos conceitos ou procedimentos.

 

"Investigando a biodiversidade do recreio - uma experiência com alunos/as do 1º ciclo"

Ana Caseiro, Escola Superior de Educação de Lisboa

Bianor Valente, Escola Superior de Educação de Lisboa

Os recreios escolares constituem recursos valiosos para o desenvolvimento de aprendizagens estimulantes, contextualizadas e integradas, podendo desempenhar um papel importante na compreensão e no respeito pelo mundo natural.

Partindo deste cenário, próximo e familiar das crianças, os/as alunos/as do 1.º CEB planificaram e conduziram investigações sobre a biodiversidade do ambiente envolvente e desenvolveram estratégias para proteger e incrementar a biodiversidade existente na comunidade escolar. Durante as investigações os/as alunos/as tiveram a oportunidade de formular questões, recolher e analisar os dados recolhidos. Que animais existem na escola? Qual o local da escola que possui maior biodiversidade? Foram algumas das questões que orientaram e promoveram as investigações realizadas. Os dados foram representados em tabelas e em gráficos de vários tipos.

A presente comunicação procura analisar as representações que os/as alunos/as realizaram para organizar os dados recolhidos e explorar as dificuldades sentidas na sua seleção e construção.

 

 

 

Painel Plenário

(Duração 1h30)

 

Sábado, 7 de novembro 2015


Orientações curriculares para o pré-escolar e primeiros anos de ensino básico 

M. Isabel Rocha, ESECS/IPlEIRIA (Moderadora)

Joana Brocardo, ESE/IPSETÚBAL

Liliana Marques, Representante da APEI

Mónica Alexandre, EB1 de Vale da Pedra - Agrupamento de Escolas da Carreira,Leiria

 

Tem sido notícia nos jornais nacionais, as alterações curriculares que estão a ser discutidas em alguns países, nomeadamente na Finlândia, de caminhar no sentido de uma menor disciplinarização a nível do ensino básico e secundário, contemplando a articulação do trabalho de professores de áreas disciplinares diferentes em torno de projetos.

Neste painel pretendemos discutir e comparar o caminho que está a ser percorrido em Portugal,

Foram definidas metas de aprendizagem (MAP) para todos os ciclos da EB e para a educação pré-escolar e, neste caso, estruturadas pelas áreas de conteúdo enunciadas nas orientações curriculares já existentes e, segundo o MEC “a sua apresentação e organização interna têm algumas especificidades, ao adoptar, nas diferentes áreas, os grandes domínios definidos para todo o ensino básico e ao diferenciar alguns conteúdos …” . No entanto, as orientações curriculares, embora seguindo os mesmos princípios e fundamentos das que estão em vigor, estão a ser objeto de alguma evolução e atualização.

Que reformulação está a ser feita? No sentido de uma escolarização precoce? Com uma orientação aproximada ao atual programa e metas do 1º CEB?

Após a operacionalização das MAP, estruturadas por áreas disciplinares, nos 1.ºe 2.º ciclos do EB, que balanço podemos fazer? Tal documento afirma privilegiar “os elementos essenciais do Programa em vigor”. No confronto com a prática como decorreu essa compatibilização? (programa e metas).

No 1.º ciclo, mantendo-se a monodocência e as situações de coadjuvação, importa refletir sobre a forma diversificada como tem sido operacionalizada a coadjuvação: Apoiar o professor titular na gestão das situações de aprendizagem na sala de aula? Contribuir para especializar mais os saberes? …

E continua a valer a pena retomar a ”velha” discussão sobre a nossa originalidade ao mantermos um ciclo no EB com apenas dois anos de escolaridade (o 2.º C).Justifica-se?

 

 

Formação

O QUE SE PEDE AOS FORMANDOS

Os docentes que pretendam frequentar o Encontro "A Matemática nos Primeiros Anos” como um curso de formação de 12 horas acreditado pelo CCPFC, equivalente a 0,5 unidades de crédito, devem após efetuarem a inscrição no encontro:

1. Consultar as informações disponibilizadas pelo Centro de Formação APM via correio eletrónico e no site do encontro, nomeadamente, informações sobre a avaliação quantitativa dos formandos, procedimentos para a entrega de Trabalho Individual, etc. 

2. Cumprir o horário das sessões de formação. 

3. Assinar a folha de presenças todos os dias do encontro. A folha de registo de presenças apenas pode ser assinada nos locais apropriados para o efeito, devidamente identificados, cabendo ao formando a responsabilidade de assinar e confirmar a respetiva folha.  

4. Enviar, via correio eletrónico, cformacao@apm.pt, até 30/11/2015.

5. Para a realização do trabalho individual, deverá utilizar o documento fornecido pelo Centro de Formação APM via correio eletrónico. 

6. Preencher, até ao dia 30/11/2017, o inquérito de avaliação da ação que será disponibilizado no site do encontro.

 

Certificado de Formação Creditada

Para os formandos que cumpram todas as formalidades da formação acreditada, frequentem, pelo menos, dois terços do número de horas da ação e sejam aprovados pelos formadores, será emitido um Certificado de Formação.

A Pauta de Avaliação será afixada na APM, sendo os formandos informados da data de afixação via mensagem eletrónica. Posteriormente, os Certificados serão enviados pelo Centro de Formação via mensagem eletrónica.

 

Nota:

Para os participantes que não pretendam o percurso formativo acreditado ou não cumpram todas as formalidades da formação acreditada será emitido um Certificado de Participação.

 

 

Critérios de Avaliação

 

 

Indicadores %

Sentido de Responsabilidade no Contexto da Formação 40%

Assiduidade

40%

Relatório Crítico

Texto crítico-reflexivo sobre a temática global abordadad durante o encontro em que

seja focado o seu impacto na prática pedagógica e/ou na formação pessoal

60%

 

 

A assiduidade é comprovada através da assinatura de folha de registo de presenças. Os formandos que não participem em pelo menos dois terços  do número total de horas de formação (13 horas) não poderão obter aprovação. 

A contabilização da assiduidade é feita por sessão/conferência, através da assinatura da folha de registo de presenças. A folha apenas pode ser assinada no decorrer da sessão/conferência, cabendo ao formando a responsabilidade de assinar e confirmar a respetiva folha.

 

 

 

 

Relatório Crítico

 

O Relatório Crítico incidirá sobre a globalidade da temática do Encontro, numa perspetiva global, integradora e sistemática, sendo liminarmente excluídos trabalhos que não respeitem esta condição ou não se enquadrem nas regras definidas.  

 

A avaliação do Relatório Crítico incidirá sobre:

  • A apresentação (1 valor – respeito pela formatação e pelo número de páginas definido; apresentação adequada e cuidada). O Relatório (trabalho individual) terá de ser redigido em documento digital no formato disponibilizado pelo Centro de Formação APM via correio eletrónico. O trabalho terá de ser enviado, via correio eletrónico, para cformacao@apm.pt , impreterivelmente até 30/11/2015. Sugerimos o envio do trabalho em formato pdf.

O documento deverá ter a seguinte formatação:

Número mínimo de páginas: 1

Número máximo de páginas: 3

Margens: superior 2,5 cm, inferior 2,5 cm, lateral esquerda 3 cm, lateral direita 3 cm

Fonte: Arial, tamanho 12, espaçamento 1,15

 

- A estrutura e coerência (2 valores – A estrutura do texto deve ser adequada e cuidada. O texto deve ser apresentado com detalhe, bem estruturado, organizado e conceptualmente fundamentado. 

- A pertinência da análise (3 valores – produção de um relatório crítico e reflexivo, onde sejam abordados de forma global e integrada os temas tratados durante o encontro. É ainda fundamental que o relatório foque o contributo do encontro, na prática pedagógica e/ou na formação pessoal.) 

 

A avaliação final terá uma menção qualitativa (Insuficiente, Regular, Bom, Muito Bom e Excelente) e o valor final da classificação quantitativa, numa escala de 1 a 10. A creditação da formação (0,5 créditos) depende da obtenção da classificação mínima de cinco valores, na escala de 1 a 10.

 

 

 
Editado/publicado: 29/11/2023